Rafael Miranda tinha apenas seis anos quando começou a apresentar alguns nódulos. Aos sete, veio o veredito através de exames: um câncer. O jovem foi diagnosticado com Linfoma de Hodgkin e o mundo dele e de sua família mudou completamente.

"Eu, a princípio fiquei em estado de choque. Sem acreditar!", lembra a mãe Leidiane Candeia

Primeiro, a notícia que abalou os parentes e amigos. Depois, a rotina com tratamento que obrigou a família, que mora em Colatina, ter um ponto fixo de apoio na Serra, Grande Vitória. E por fim, o drama de Rafael que agora não tinha como seguir a rotina de uma criança convencional. A imunidade frágil o impossibilitava de interagir com outras crianças.

"Receber este diagnóstico nos primeiros dias foi muito difícil pra mim porque eu não sabia lidar com isso. E eu não estava preparado emocionalmente e nem espiritualmente", revela Rafael.

Um brado de fé

Era onze horas da noite quando o diagnóstico médico acusava que a situação de Rafael poderia ser fatal. Em um dos momentos mais desafiadores deste processo, o garoto foi desenganado pela equipe médica. O pai protagonizou uma das cenas mais emblemáticas de fé ao bradar misericórdia a Deus pela vida do filho. A resposta foi quase que imediata e Rafael passou a apresentar leves melhoras.

Por trás deste brado também estava um povo em oração. Leidiane buscou a força nas orações dos adventistas no templo Central de Colatina e também dos amigos e professores do Colégio Adventista do Espírito Santo (Caes) - na época, Edessa.

Nos bastidores desta história fé, uma voz também se levantava como prece por esta cura. Além dos membros, da família e dos amigos, o próprio Rafael também pedia por seu reestabelecimento.

"Eu orava muito a Deus, eu pensava que eu não ia sobreviver", admite.

Amigo de Deus

Foi desta constatação desoladora, que veio um fio de esperança. Apesar dos momentos dramáticos, ele permanecia sempre sorridente e cortês com os demais. Rafael fez de Deus um amigo nos tempos desafiadores e passou a acreditar que ele atenderia suas orações. As histórias do rei Davi o consolava.

"Se Davi sendo pequeno venceu Golias, eu mesmo criança vou vencer o gigante do câncer", afirma.

E venceu! Aos dez anos, ele é em si a prova de que foi curado.

"O médico disse que o Rafael não iria sobreviver, mas Deus, o Todo Poderoso, tinha outros planos pra ele", salienta Leidiane.

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