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Coluna | Felipe Lemos

Dependência ou morte!

Estar desconectado de Deus não é uma atitude sábia.


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A esperança do cristão vem do alto (Foto: Shuttersotck)

A esperança do cristão vem do alto (Foto: Shuttersotck)

Segundo o jornalista Laurentino Gomes, no livro 1822, o famoso grito de “Independência ou morte” dado pelo imperador D. Pedro I foi envolvido em mais simplicidade do que se imagina. Para quem não se recorda, a tal frase foi dita na tarde do dia 7 de setembro de 1822.

Gomes diz, em seu livro, que o imperador estava montado provavelmente em uma mula e subia a Serra do Mar, em São Paulo, às margens do riacho Ipiranga. Dom Pedro era um jovem prestes a completar 24 anos e, naquele dia, estava com dor de barriga. Chegou a tomar um chá para aliviar o incômodo.

Histórias curiosas à parte, o tal grito marcou simbolicamente a decisão de o Brasil, governado naquele período pela monarquia,  libertar-se politicamente de Portugal e deixar de ser uma colônia para se posicionar como nação independente.

A independência do Brasil teve motivações ideológicas, políticas e econômicas. Isso se deu, aliás, com grande parte das nações e muitas somente conseguiram se desconectar dos países colonizadores após guerras e conflitos sangrentos.

Mas será que sempre é saudável ser independente? Independência implica, também, seguir na vida de maneira autônoma e sem uma ajuda maior. Alguns jovens, por exemplo, gostam de se sentir independentes dos pais, principalmente na hora de sair com os amigos.

Riscos da independência

Espiritualmente, a Bíblia apresenta os riscos da independência. Lúcifer, o anjo portador de luz, resolveu agir de maneira independente do amor e das leis divinas e houve guerra no céu. O resultado foi que ele se transformou em Satanás, o adversário de Deus, que trabalha para destruir o ser humano. Adão e Eva também optaram por seguir independentes diante da orientação de Deus para não comerem da árvore da ciência do bem e do mal. O apóstolo Pedro, desejoso de caminhar sobre as águas como Jesus havia feito, afundou quando parou de depender de Cristo e não confiou mais em Seu poder.

No evangelho de João, capítulo 15, está a síntese da necessidade de dependência. Cristo, referindo-se a Si mesmo, declara nos versículos 1 e 2 que “eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda”.  O ser humano é o ramo que precisa estar ligado à Videira verdadeira.

No versículo 4, a ênfase é maior ainda na dependência de Deus. O Senhor mesmo diz que devemos permanecer Nele. Depender de Cristo é se submeter a Ele em todos os aspectos da vida. É deixar que Ele controle as vontades, pensamentos e, por consequência, as ações. Isso exige uma decisão diária amparada por constante oração, meditação profunda na Palavra de Deus e no testemunho visível dessa atuação.

Parafraseando o imperador, nosso grito espiritual deve ser “dependência ou morte”. Ou aprendemos a depender de nosso Senhor e Salvador e entendemos que nosso eu precisa ser soterrado para dar lugar a Deus, ou corremos risco de morrermos espiritualmente. O dramático é que essa morte quase não é percebida e acontece aos poucos. Por isso, o alerta individual precisa soar logo. Dependência de Deus já!

Felipe Lemos

Felipe Lemos

Comunicação estratégica

Ideias para uma melhor comunicação pessoal e organizacional.

Jornalista, especialista em marketing, comunicação corporativa e mestre na linha de Comunicação nas Organizações. Autor de crônicas e artigos diversos. Gerencia a Assessoria de Comunicação da sede sul-americana adventista, localizada em Brasília. @felipelemos29