Escola Adventista e Ação Solidária Adventista arrecadam alimentos para mães carentes
Iniciativa beneficiou mulheres que trabalham com a coleta de materiais recicláveis.
Chovendo ou com sol a pino, Madalena do Prado, 56, está lá, puxando seu carrinho para coletar recicláveis. Ela sai de casa às 7h da manhã e chega a fazer três viagens ao dia para recolher os materiais nas ruas. Há 5 meses, essa se tornou sua ocupação, com o objetivo de manter o sustento da casa após o falecimento do marido.
Exercendo uma profissão mais comum entre os homens, ela fala dos desafios que enfrenta no dia a dia. “Essa semana eu carreguei 112 quilos nesse carrinho. Meu coração foi a mil porque eu não aguentava a subida, mas graças a Deus, eu venci”, conta.
Apesar do trabalho duro, o retorno financeiro nem sempre é suficiente para cobrir todas as despesas da casa. Com a pandemia, a situação, para quem depende da coleta e venda de materiais recicláveis se tornou ainda mais complicada. E foi pensando em amenizar as dificuldades, especialmente das mães que trabalham nessa área, que a Ação Solidária Adventista (ASA) da igreja adventista Parque da Fonte, em São José dos Pinhais, criou uma campanha para arrecadar cestas básicas.
Ajuda para quem mais precisa
Para a líder do projeto, Solange dos Santos, a pandemia agravou ainda mais as dificuldades econômicas desse grupo de trabalhadoras. “Aí me veio a ideia de homenagear essas mães que trabalham tão duro, num trabalho tão forçado. Com sol, chuva...as vezes, com as fábricas fechadas, elas não acham tanto material para reciclagem”, explica.
Segundo a diretora da Escola Adventista Afonso Pena e apoiadora do projeto, Nara Falcão, os resultados surpreenderam. A ação conjunta arrecadou aproximadamente uma tonelada de alimentos. “A igreja não teria condições de atender essas famílias, por isso a gente estendeu isso para os nossos alunos e para os funcionários”, conta a educadora.
Além dos itens alimentícios arrecadados, também foram angariados produtos de higiene e beleza, um mimo para homenagear as mães catadoras.
De acordo com a aluna, Sarah Martins, “Muitas mulheres sentem vontade de comprar um shampoo, um batom para se sentir bonita, então a gente também arrecadou essas coisas para que elas possam se sentir bem com elas mesmas”, destaca.