Gincana incentiva doação de sangue e mobiliza alunos da zona sul de São Paulo
Em parceria com instituto Pró-Sangue, ação teve engajamento de alunos, pais e funcionários
- Estudantes, menores de 18 anos, autorizados pelos responsáveis, têm a primeira experiência como doador
“Eu sempre quis ajudar as pessoas através da doação de sangue, mas ainda não tinha idade. Então, quando completei 16 anos, pedi de presente aos meus pais que assinassem a autorização pra eu doar. Esse dia chegou e eu fiquei muito feliz”. A declaração é do estudante Pietro Aparecido Moreira que fez aniversário recentemente e na última terça-feira, 03 de novembro, realizou o sonho numa gincana solidária promovida pela escola que frequenta.
Com o propósito de conscientizar e incentivar a população à prática da doação de sangue, a gincana lançada pelo Colégio Adventista Ellen G. White, localizado no Capão Redondo, zona sul de São Paulo, teve o envolvimento direto dos estudantes que se empenharam em captar voluntários para salvar vidas de forma rápida e segura.
PARCERIA
A fim de oferecer condições e cuidados necessários para a realização da coleta, a ação integrada ao projeto Metamorfose, teve a parceria do Instituto Pró-Sangue que disponibilizou profissionais especializados, além da estrutura móvel instalada no pátio do colégio.
“Por conta da pandemia o estoque de bolsas de sangue nos hospitais e hemocentros diminuiu drasticamente. A nossa intenção ao inserir esse projeto no currículo escolar foi trabalhar valores como o amor ao próximo, promover a responsabilidade social e incluir também a família e a sociedade nessa missão”, explica Allan Fernandes, diretor escolar.
REALIDADE
Com o surgimento da Covid-19, os estoques de sangue enfrentaram queda significativa. A Fundação Pró – Sangue, vinculada à Secretaria de Saúde do Estado, teve redução de 50% no número de doadores.
No mês de setembro, o estoque operou com apenas 35% das bolsas necessárias para atender as mais de 100 instituições de saúde da rede pública da Região Metropolitana de São Paulo.
Como a gente não está recebendo muitas pessoas nos postos de coletas, essas coletas externas são fundamentais pra gente abastecer os nossos estoques”, declara Tila Facincani, hemoterapeuta da Pró – Sangue.
Segundo a médica, instituições de ensino podem solicitar a estrutura móvel, porém o local precisa atender diversas exigências. “Fazemos esse trabalho há muito tempo e é necessário que tenha área ampla, arejada, agora principalmente por conta do coronavírus, ter fácil acesso, com bebedouros e banheiros próximos, além de um espaço adequado pra nossa equipe trabalhar”, explica.
MEDIDAS PREVENTIVAS
Para atender os voluntários, a iniciativa seguiu medidas de segurança como o uso de máscara e do álcool gel 70%, a limitação de pessoas no ambiente e espaçamento entre as cadeiras, além do agendamento feito por telefone.
ESFORÇO COLETIVO
Com o empenho dos alunos, pais e funcionários da instituição, o resultado foi muito além da pontuação prevista às equipes: serviu aos participantes como lição de altruísmo e amor ao próximo. Por meio do projeto, cerca de 70 bolsas foram coletadas e serão direcionadas a instituições de saúde em situação crítica.
SALVE VIDAS
De acordo com o Ministério da Saúde, 1,6% dos brasileiros doa sangue, ou seja, um em cada 16 pessoas é doador. O número está abaixo da recomendação da Organização de Saúde (OMS), que propõe a cada país ter entre 3% e 5% de sua população doadora regular.
No Brasil são 27 hemocentros e 500 postos de coleta aguardando doadores. Portanto, informe-se sobre as condições e locais de doação e ajude a salvar vidas.
Saiba mais sobre o projeto Metamorfose, transformando o mundo com amor