Uma sala que costuma estar lotada de alunos durante o mês de setembro permanecia cheia, mas, dessa vez, eram alimentos ocupando os lugares de quem costuma estar ali para aprender. O motivo? Uma iniciativa do Colégio Adventista unidade Jardim Leblon promoveu um mês de ações sociais entre alunos, funcionários e familiares, é o que explica a diretora da instituição, Mathiely Aguiar.

“Uma das nossas marcas como Educação Adventista é trabalhar a questão da solidariedade em nossos alunos e desenvolver neles o senso de missão. Então, através desse projeto que teve início em setembro e finalizou no mês de outubro, procuramos mostrar aos nossos educandos que, mesmo em um período de pandemia, precisamos nos preocupar com o outro. De que forma? Ajudando com as nossas habilidades, usando o que tenho para levar algum conforto a quem mais precisa. Dessa forma, buscamos conscientizá-los a viver tendo sempre em mente que podemos fazer mais pelo próximo”, conta.

Pouco a pouco as doações iam chegando e com a ajuda de um time de  voluntários da instituição, no dia 6 de outubro 48 famílias do bairro Jardim Centro-Oeste, região carente da cidade de Campo Grande (MS), receberam cestas básicas com alimentos e donativos para auxiliá-las na manutenção de suas casas durante o mês. Para a dona de casa Marluce Francisco, uma das beneficiadas pelo projeto, a ação mostra que os valores ensinados pela Educação Adventista têm ultrapassado os muros da escola. “Eu entendo que se a gente não ama o próximo, não tem como amar a Deus e é exatamente isso o que esse projeto mostra, o amor ao próximo na prática. Achei muito bonita a atitude dos alunos, pois eles já estão crescendo entendendo e vivendo o amor de Deus ao ajudar quem tem menos. São pessoas carentes que necessitam, muitas vezes, apenas de um abraço, por isso, sei que essa ação fará grande diferença na vida de todos os moradores aqui”, emociona-se.

E os amigos do quarto ano no colégio, Arthur e Enzo, que participaram da entrega das cestas representando os demais alunos da instituição, resumem em poucas palavras qual é o sentimento que fica ao ajudar o próximo. “Eu senti uma emoção muito grande, pois a gente sabe que muitas pessoas aqui dependiam dessas doações”, relata Arthur Antero, enquanto o amigo Enzo Barreto endossa seu ponto de vista: “É bom estar aqui, porque devemos ajudar as pessoas que precisam. Eu me senti muito feliz em poder levar um pouco de esperança para essas pessoas”, conclui.