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Dados mostram desenvolvimento do discipulado na América do Sul

Relatório da Secretaria Executiva da Igreja Adventista destaca ações que impulsionaram crescimento.


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Discipulado abrange diversas e diferentes atividades. Mas estão ligadas à comunhão, relacionamento entre as pessoas e cumprimento da missão. (Foto: Shutterstock)

Um levantamento dos últimos dez anos, realizado pela Secretaria Executiva da Igreja Adventista do Sétimo Dia para oito países sul-americanos, apontou vários indicadores de avanço em relação ao processo de discipulado. Na visão adventista, ele passa necessariamente por uma maior comunhão dos membros com Deus (mais estudo da Bíblia e livros que incentivam isso), fortalecimento maior dos trabalhos por meio de Pequenos Grupos e unidades de Escola Sabatina e ações diretamente ligadas ao cumprimento da missão.

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Os números apresentados evidenciam o crescimento em diferentes áreas às quais a organização consegue mensurar. Em relação ao estudo da lição da Escola Sabatina (guia mundial temático da Bíblia), por exemplo, a proporção de membros adventistas por lição era de 3,12 em 2010. Isso baixou para 2,40 em 2019. Ou seja, mais pessoas com acesso ao conteúdo.

Um indicador possível para avaliar a fidelidade dos membros diz respeito à quantidade de dizimistas (considerados os que dizimaram até oito vezes em um ano). O relatório da Secretaria Executiva apontou que, em 2015, o número no território sul-americano era de 340.342 pessoas. Em 2019, chegou a 438.344.

Pequenos Grupos e unidades de Escola Sabatina

Dentro da visão adventista de discipulado, os números indicam uma maior quantidade de Pequenos Grupos. Em 2016, eram 67.351. Já em 2019, o número final totalizado chegou a 75.432 grupos de reuniões regulares nas casas das pessoas.

O relatório mostrou, ainda, um crescimento no número de unidades ou classes de Escola Sabatina nas congregações adventistas. No ano de 2014, esse registro demonstrava 106.630 unidades em funcionamento. Já em 2019, chegaram a 162.908.

Estudos bíblicos

As estatísticas revelam um incremento de pessoas comprometidas diretamente e regularmente com os estudos bíblicos. Em 2015, eram 113.327 pessoas identificadas como instrutores de estudos, enquanto em 2019 este número aumentou para 129.490. A proporção de membro/pessoa dando algum estudo bíblico diminuiu. Passou de 21,3 em 2015 para 19,7 no ano de 2019. A cada quase 20 membros adventistas, apenas um adota a prática de dar estudos sobre a Bíblia Sagrada para alguma pessoa.

Envolvimento de crianças, adolescentes e jovens

Quando se pensa em missão, é preciso observar o crescimento de projetos que envolvem Desbravadores, Aventureiros, participantes do projeto Missão Calebe e voluntários. O trabalho por meio dos clubes de aventureiros (com crianças entre 6 a 9 anos de idade) e desbravadores (10 a 15 anos) cresceu. Em 2010, unindo crianças, adolescentes e diretoria (formada por adultos), eram 179.337 participantes ativos nos clubes. Quase dez anos depois, em 2019, este número mais do que dobrou, chegando a 466.293.

Outro dado positivo vem do projeto Missão Calebe. A iniciativa tem levado jovens, todos os anos, a usar parte de suas férias para ações de evangelismo.  Em 2010, o número de envolvidos era de 26.493 no território sul-americano. Em 2019, já são 187.554. O voluntariado também exibiu progresso perceptível. Eram 100, em 2010, e 358 no ano de 2019.

Na avaliação do pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista para oito países sul-americanos, é importante perceber um constante envolvimento das novas gerações com a missão. “Chama a atenção, no entanto, a necessidade de um maior envolvimento dos membros adventistas no cumprimento da missão”, avalia.

Para ele, um dos grandes desafios, exposto nos dados apresentados, tem a ver com a identidade bíblica entre os membros. “Percebemos, por exemplo, que quase 70% dos membros adventistas possui até nove anos de tempo batismo. Precisamos ajudar estes conversos a compreender claramente o que a Igreja crê e quais são nossos fundamentos, fato que nos ajudará a direcionar com maior segurança rumo ao seu objetivo”, destaca Köhler.