O coronavírus alterou os planos de muitas pessoas, seja em termos acadêmicos, profissionais e até nos programas de voluntariado. Essa situação também afetou o trabalho dos adventistas, que possuem um programa mundial de oportunidades para quem quer auxiliar o próximo: o Serviço Voluntário Adventista (SVA).

Apesar da pandemia que mudou o mundo, os participantes desse programa continuam lutando para alcançar seu objetivo de servir.

Leia também:

• Voluntários se unem para elevar estoques de bancos de sangue

Atualmente, existem 2.000 voluntários adventistas, de 18 a 79 anos, em 60 países. Desses, 121 pertencem ao continente sul-americano e mais 54 estão à espera de sua viagem. A razão da tardança é conhecida: o fechamento de fronteiras e aeroportos devido à pandemia do novo coronavírus.

Missão em qualquer lugar

Uma desses profissionais adventistas que aguardam é Francisca Villegas, uma jovem enfermeira chilena que relatou com entusiasmo sua vontade de viajar para o Togo, África, onde servirá no hospital adventista do país por um ano. Além disso, também ajudará, com outras duas jovens, no Clube de Desbravadores e Aventureiros.

“Enquanto estamos no preparando para sair ao nosso campo missionário, estamos desde já fazendo nossa missão. Apesar de ainda estarmos em casa, estamos preparando material para poder trabalhar com o Clube dos Desbravadores e Aventureiros”, relata a enfermeira, que está em contato com seu campo de trabalho e trabalha on-line de casa. “Também estamos preparando coisas para trabalhar cada uma em sua área. E isso está nos ajudando, pois nossa missão já começou. Nós já estamos em missão”, relata Francisca.

A pandemia obrigou muitas instituições a fecharem suas portas por medo do contágio. A pergunta é: o que aconteceu com os voluntários adventistas que estavam em missão nestes lugares?

Suely Gio, professora de inglês em uma escola adventista do Cairo, no Egito, está há 11 meses como voluntária no país. Ela e seus colegas idealizaram formas criativas de poder continuar ensinando seus alunos. “O que fizemos desde o mês de março, quando todas as escolas foram fechadas, foi começar as aulas virtuais, nas quais enviávamos o programa regular das crianças por vídeo e por PDFs. Dentro dessas informações, também enviávamos áudios de oração pelas famílias de cada aluno”, comenta.

Cuidado com os voluntários

Os 121 voluntários adventistas sul-americanos em missão estão sendo bem cuidados. Isso é o que o pastor Joni Oliveira, diretor do Serviço Voluntário Adventista para oito países da América do Sul, expressa. “Nosso trabalho é acompanhar nossos voluntários, desde o momento em que eles saem para servir, enquanto estão servindo e até o momento de seu regresso” ele ressalta.

“Nós rapidamente fizemos um protocolo para que eles pudessem seguir e, assim, manter-se seguros. Outra ação foi disponibilizar psicólogos para que eles pudessem cuidar dos voluntários que mais precisavam de ajuda. Além disso, para aqueles cujo tempo de serviço terminou, mas, devido à situação do fechamento de fronteiras, não puderam regressar, nós também estendemos seu seguro de vida”, concluiu o líder sul-americano.

Apesar da situação atual, a missão dos voluntários continua com as devidas medidas de segurança contra o coronavírus. O diretor mundial do SVA, pastor Elbert Kuhn, relembra sobre o chamado para ser voluntário nestes tempos. “Somos chamados para um propósito. E esse propósito é servir, compartilhar esperança e nos permitir ser como uma ponte conectando nossa mensagem às pessoas que não conhecem a esperança, o amor de Deus”, amplia.

Como ser um voluntário

Para ser voluntário, existem alguns pré-requisitos, como disposição total de serviço, participar da escola de missões de alguma instituição adventista ou ler o livro Passaporte para a Missão. Para mais informações sobre o SVA, visite o site: sva.adventistas.org 

Veja mais detalhes na reportagem: