E agora? É o fim? E se for?
O fim se aproxima, mas a maior e mais importante pergunta é sobre qual deve ser a nossa reação diante disso como cristãos
Covid-19. O mundo está virado de cabeça pra baixo num emaranhado de polêmicas sem fim. Perdidão! Quanto à origem dessa pandemia, há quem diga que teria sido por acidente, que seria consequência das imprudências alimentares de um povo, que seria a intenção de um governo em estabelecer controle demográfico ou que seria até mesmo uma conspiração visando imperialismo global.
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Quanto à letalidade do coronavírus, enquanto muitos estão histericamente com medo do que poderia acontecer, outros tantos dão risada do que esperam como uma suposta gripezinha. Cada um diz uma coisa sobre quando teremos o pico pandêmico em nossa região, mas ninguém sabe ao certo. Isolamento vertical e isolamento horizontal passaram a ser verdades pelas quais brigam-se com grande paixão... Que loucura!
Vale a pena entrar nessas discussões? Algumas coisas são fatos. O coronavírus existe, é transmissível, infecta pessoas, vitimiza parte delas e é derrotado por outra parte dos infectados. Mas, como consequência disso, outras guerras passaram a acontecer, como, por exemplo, a econômica. Da noite para o dia, o mercado financeiro inteiro se transformou, e surgiram dois grandes blocos: o dos que estão ganhando e o dos que estão perdendo muito dinheiro com essa situação. Em cada um deles, há ainda pelo menos dois tipos de gente: os idôneos e os inescrupulosos.
Aqueles que querem se valer do oportunismo sem escrúpulos para ganhar muito dinheiro por causa do isolamento maximizam o poder transmissivo e letal do vírus. Há, também, os inescrupulosos, que sofrem grandes perdas financeiras por causa do isolamento, e apresentam o discurso que minimiza o mesmo vírus em seu poder de contágio e letal.
E a população? Em grande parte dividida, sem saber qual é o “tamanho real” de um vírus aumentado ou diminuído pelas lentes dos mal-intencionados. E o pior: isso se transforma em lutas pessoais, que terminam com tantos sentimentos feridos. E assim, sem negar a realidade biológica, é claro, quase podemos dizer que os principais, primeiros e mais frequentes sintomas dessa pandemia seriam a infodemia, os transtornos psicoemocionais e os problemas financeiros.
O mundo já passou por muitas pandemias? Já. Mas esta é inédita, porque é a primeira na qual temos o smartphone e as redes sociais de forma tão acessível na palma da mão de todos. E isso gera um comportamento coletivo nunca experimentado antes pela sociedade. Portanto, este isolamento não é uma pausa; estamos numa passagem histórica sem precedentes. Depois que passar a crise do coronavírus, o mundo estará diferente, com novas formas de fazer muitas coisas, mudado para sempre.
Como devemos nos comportar?
E como cristãos, como devemos nos comportar? Vamos ficar brigando por bandeiras políticas? Poderemos nos perder nos oceanos incertos das ideologias? Devemos permitir-nos adoecer mentalmente? Entraremos numa luta materialista? “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se veem, mas sim nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, enquanto as que se não veem são eternas” (2 Coríntios 4:17-18).
Em primeiro lugar, devemos nos apossar da consciência correta do que está acontecendo à luz dos pilares da nossa fé. Buscando isso, sobre essa pandemia, muitos perguntam: “E agora, é o fim?” Nosso Mestre e Seus apóstolos compartilharam conosco vários sinais do tempo do fim. E deles não temos como escapar. Se o evento mundial do Covid-19 for uma disputa entre potências mundiais, nação levantando-se contra nação, é sinal do tempo do fim previsto por Jesus em Mateus 24:6. Aos que dizem que o real problema desse acontecimento seria o risco da miséria, no mesmo versículo Jesus diz “haverá fomes”.
Para os visualizadores de conspirações que imaginam que estamos diante de uma intenção de domínio psicológico de massas, a angústia entre as nações e a perplexidade dos seres humanos por causa dos grandes barulhos sociais também foram profetizadas por Jesus como sinais do tempo do fim em Lucas 21:15. Se o maior problema que estamos tendo for um possível comportamento histérico das pessoas, o versículo seguinte também apresenta o sinal nos “homens que desmaiarão de terror e pela expectativa das coisas que sobrevirão ao mundo”.
E quanto à possibilidade de qualquer perversão dos fatos visando qualquer tipo de tomada de poder? Paulo explicou a Timóteo que, nos últimos dias, as pessoas seriam egoístas, avarentas, sem amor umas para com as outras, inimigas do bem e traidoras (2 Timóteo 3:1-4). Isto também se aplica aos aproveitadores inescrupulosos, caso alguém quisesse dizer que esta crise seria apenas mais uma guerra econômica e não um sinal do tempo do fim. Mas, limitando-nos à narrativa comum de que uma pandemia está em curso, ficamos enquadrados nas “epidemias... em vários lugares” previstas por Jesus para sinalizar o tempo que precederia Sua volta (Lucas 21:11).
Volta próxima
Enfim, seja o que for, esta crise é um sinal de que a volta de Jesus se aproxima. “Mas todas estas coisas são [apenas] o princípio das dores”, Ele explicou (Mateus 24:8). Ou seja, embora a pandemia seja um sinal do tempo do fim, ele pode não ser o fim. Seria, então, de importância pequena? Não! Você sabe de que dores Jesus estava falando? Paulo explica: são as dores de parto do planeta que geme cada vez mais forte por estar chegando a sua hora! (Romanos 8:22; 1Tessalonissenses 5:1-3).
Quando dizemos que terremotos, guerras, fomes, epidemias, corrupções, etc., são sinais da volta de Jesus, há quem menospreze (2 Pedro 3:3-4) afirmando que essas coisas sempre aconteceram no mundo. Mas é importante observar o que Jesus e Paulo falam sobre a semelhança dessas ocorrências como sinais do tempo do fim com as contrações do parto. Com o passar do tempo, acontecem progressivamente repetidas vezes, e se tornam progressivamente mais longas, e intensificam-se progressivamente mais fortes.
Por isso, em segundo lugar, devemos continuar estudando os eventos finais previstos pela Bíblia, para os mantermos bem claros na mente, a fim de não incorrermos em equívocos. Tem gente por aí tentando enquadrar essa pandemia como a primeira das sete pragas apocalípticas! E temos como saber que não é, porque a escatologia aponta o acontecimento dos eventos finais numa ordem sequencial. Primeiro, acontecerá o derramamento do Espírito Santo (Joel 2:28-29), depois a pregação do evangelho alcançará todos os povos (Mateus 24:14), a seguir acontecerá o decreto dominical (Apocalipse 13:16), seguida do fechamento da porta da graça (Mateus 25:10; Apocalipse 22:11), para, então, as últimas pragas começarem a acontecer (Apocalipse 16).
E o terceiro ponto é o que realmente nos compete. “Os justos clamam, o Senhor os ouve e os livra de todas as suas tribulações” (Salmo 34:17). Se ainda não for o fim, se qualquer teoria estiver certa ou errada, como cristãos, nosso dever é lutar, mas de forma cósmica (Efésios 6:12), com os joelhos, para que Deus nos cure política, física, econômica e espiritualmente (2 Crônicas 7:14). Então a crise atual não tem nada a ver com os eventos finais? Tem tudo a ver!
O que devem fazer os cristãos diante disto?
Sem saber (ou talvez sabendo), o mundo se prepara, cada vez mais, para um cenário em que possivelmente poderes tenham controle social total sobre as escolhas das pessoas, o ir e vir dos cidadãos e a liberdade econômica de cada indivíduo. Você não acha que o que estamos vivendo é um grande ensaio para o que sabemos que acontecerá (Apocalipse 13:17)? Então, por que não ensaiarmos a nossa parte também? Se o próximo grande cumprimento profético que esperamos ver acontecer é a chuva serôdia, qual é a nossa parte nessa batalha? “Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia... e lhes dará chuvas abundantes” (Zacarias 10:1; Ezequiel 34:26).
Está tudo parado? Para o cristão não deveria estar, pois ele deve se ocupar intensamente na atividade do clamor (Jeremias 29:12-13) pelo reavivamento. E antes que a porta da graça se feche (Isaías 55:6-13). E isso não deve ser motivo para medo: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, alegrem-se e levantem a cabeça, porque a vossa redenção se aproxima” (Lucas 21:28).