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Jovens abastecem bancos de sangue pelo Brasil

Iniciativa acontece em momento de baixa nos estoques dos hemocentros, reflexo do coronavírus


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Na capital paulista, o grupo "Doadores Adv" agenda horários para trios de doadores nos hemocentros da região e oferece transporte para levá-los ao local. (Fotos: Arquivo pessoal)

Os efeitos da pandemia de Covid-19 chegaram aos hemocentros de todo o Brasil. Com parte da população em quarentena, a frequência de doadores nas unidades diminuiu e, consequentemente, os bancos de sangue já sofrem com a baixa em seus estoques. No Rio de Janeiro, houve queda de 50% no número de doações; em São Paulo, de 30%; e no Distrito Federal já são 25% a menos. Por outro lado, a demanda de sangue nas unidades de saúde se mantém elevada.

Para atendê-la e ajudar a salvar vidas, jovens em todo o território vêm se organizando em ações sistemáticas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, o grupo "Doadores Adv" - que há mais de 16 anos organiza grupos para doações sistemáticas - agenda horários nos hemocentros da região para qualquer doador voluntário, e disponibiliza transporte para buscá-lo em um local conveniente e levá-lo ao banco de sangue. Já em Manaus, o grupo tem horários agendados no hemocentro todos os sábados até o final de 2020 - a previsão é de que eles doem quatro mil bolsas de sangue ao longo do ano.

Toda essa mobilização parte do projeto Vida por Vidas, integrado ao Mutirão de Páscoa da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Somente entre os dias 05 e 09 de abril, 5.300 bolsas de sangue foram doadas no Brasil, relacionadas à iniciativa. 

Doações seguras

Visando garantir a segurança de todos os envolvidos em relação ao contágio por coronavírus, os jovens estão sendo incentivados a irem doar individualmente para evitar aglomerações nos hemocentros, que estão trabalhando apenas mediante agendamento. Ademais, durante todo o processo são seguidas normas de segurança e higiene estabelecidas pelo Ministério da Saúde. O coordenador do Centro de Contingenciamento para o Coronavírus em São Paulo, o médico David Uip, ainda reforça: “Se existe um lugar protegido, é o banco de sangue. Lá tudo é muito esterilizado e seguimos rigorosamente as orientações sanitárias”.

Vida por Vidas e Mutirão de Páscoa

O projeto Vida por Vidas nasceu de uma iniciativa voluntária de jovens adventistas em 2005. Desde então, vem mobilizando milhares de doadores de sangue e medula óssea na América do Sul, anualmente no período da Páscoa - embora as campanhas se estendam ao longo dos meses. Neste ano, o projeto se integra ao movimento solidário do Mutirão de Páscoa para atender aos mais necessitados durante a pandemia.

 

ASSESSORIA

Vanessa Arba, assessora de comunicação da Igreja Adventista na América do Sul

(61)981513122

[email protected]