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Semana da Compaixão espalha amor e solidariedade em São Paulo

Com desafios diários, iniciativa busca levar amor, esperança e solidariedade nestes dias de quarentena.


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As dúvidas a respeito do futuro causam desespero e frustração nos brasileiros que estão em quarentena devido à pandemia do coronavírus (Covid-19). Jornais, TV, rádios e internet não falam de outro assunto. Cada medida do governo gera apoio ou revolta sobre decisões que afetam a economia e o bem-estar de cada família. São incertezas a respeito da saúde, da educação, do emprego, de ter comida na mesa para sustentar os filhos, entre outras preocupações.

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Para aliviar o estresse dos últimos dias e promover um momento de esperança às pessoas, mais de 40 mil adventistas que vivem nas regiões leste e norte da capital paulista foram motivados a participar da “Semana da Compaixão”. O movimento desafia os membros a cumprirem metas diárias de compaixão, sempre em benefício do próximo.

Convite à Semana Santa

A iniciativa começou no último sábado, 28 de março, e finaliza no próximo domingo, 5 de abril, com um convite para que os beneficiados por essas ações participem da Semana Santa virtual, isto é, cultos on-line que falam sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, com reflexões que ajudam a entender o contexto em que o mundo vive hoje e o que pode-se esperar para o futuro, de acordo com o que a Bíblia diz. A semana especial virtual também está sendo denominada como Semana Santa de Oração Pelo Brasil, devido aos últimos acontecimentos (baixe materiais aqui).

A Semana Santa, período celebrado pelos cristãos todos os anos, com importância, inclusive, no calendário de vários países, com desfecho da Páscoa, ocorrerá virtualmente entre os dias 04 e 12 de abril nos canais oficiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e na TV Novo Tempo.

Versão 2020

Segundo o idealizador da semana especial, pastor Jair Miranda, líder da Ação Solidária Adventista (ASA) para as regiões leste e norte da capital paulista, a Semana da Compaixão, que ocorre todos os anos neste território, ganhou uma versão diferente em 2020.

Normalmente, os desafios diários são compostos de envolvimento físico, como visitas, mas diante do isolamento social, as ações foram pensadas dentro do contexto atual. Elas incluem o envio de mensagens que valorizam a amizade de amigos e conhecidos, motivação para ajudar pessoas autônomas e outras que fazem parte dos grupos de risco do Covid-19, envio de livros digitais para colegas de trabalho, gravação de um vídeo com mensagens de esperança para mulheres grávidas, contato telefônico com pessoas enfermas para levar-lhes palavras de conforto, entre outras. “A versão deste ano é bem interessante. Temos muitas pessoas participando. É uma experiência nova para muitos”, afirma Miranda.

Compaixão e esperança

Foi a primeira vez que a fisioterapeuta Maria Luiza de Oliveira Lima participou da Semana da Compaixão. “Meu objetivo foi alcançar e ajudar algumas amigas que não são adventistas”, comenta. Maria acrescenta que, até agora, cumpriu todos os desafios diários. “Fizemos uma cesta básica para uma pessoa autônoma que estava precisando, e o desafio de mandar o livro digital foi o que mais alcançou as pessoas. Tive muito retorno da alegria por estarem recebendo um livro que fala de esperança. Foi muito bom sentir as pessoas felizes por receberem palavras de esperança em um tempo onde a mídia só fala de tristeza”, emociona-se.

Atendendo um dos desafios da Semana da Compaixão, Maria e outros membros da igreja que frequenta fizeram uma cesta de alimentos e doaram a uma pessoa autônoma que passa por dificuldades (Foto: Arquivo Pessoal).

Maria enviou o livro digital “A Maior Esperança”, escrito pelo evangelista Luís Gonçalves e Diogo Cavalcanti, para 15 amigas. “Vi a alegria e a esperança renascerem no coração das minhas amigas que receberam o livro. E nossa amiga que recebeu a cesta básica se emocionou muito. É uma pessoa afastada da igreja e tenho certeza de que ela voltará”, anseia a fisioterapeuta, que diz sentir-se satisfeita, feliz e com vontade de fazer muito mais, principalmente neste tempo de crise.

Compaixão e amizade

O ex-jogador de futebol Jenílson Ângelo de Souza, conhecido como Júnior, é pentacampeão do mundo e era lateral-esquerdo na Seleção Brasileira. No último sábado, 28 de março, ele participou do primeiro desafio da Semana da Compaixão. Em seus stories, no Instagram, ele compartilhou uma imagem e marcou vários amigos. “Nos preocupamos com quem amamos e queremos que neste momento de tanto sofrimento todos estejamos protegidos pelo poder de Deus”, cita o ex-jogador.

Ex-jogador da Seleção Brasileira, Junior aderiu à Semana da Compaixão e compartilhou nas redes sociais o primeiro desafio da campanha (Foto: Reprodução).

Junior conta que tomou conhecimento da Semana da Compaixão por meio de um amigo adventista, o também ex-jogador de futebol Petrick, e resolveu aderir à iniciativa. “Sou uma pessoa abençoada e de muita fé. Compaixão é um sentimento que devemos ter sempre no coração. Me senti abençoado por participar. Estamos vivendo em um momento difícil da história e temos que nos unir para que através das bênçãos de Deus todos nós estejamos protegidos, inclusive os amigos do coração”, enfatiza.

O que é compaixão?

O pastor Jair Miranda destaca que a compaixão é o amor em ação. “Jesus teve uma vida de compaixão quando esteve aqui na Terra. A Bíblia relata vários episódios, como quando Ele teve compaixão da multidão faminta, da viúva pobre, dos pescadores que não pegaram nenhum peixe a noite inteira, enfim. A Semana da Compaixão antecede a Semana Santa para que as pessoas pratiquem atos de compaixão, demonstrando o mesmo amor e carinho que Jesus demonstrou. E ainda convidamos os amigos que foram ajudados para conhecerem a Jesus na Semana Santa”, diz.

O líder acrescenta que “missão sem compaixão é ‘fake news’”, não passa de farsa religiosa, pois não é possível salvar sem se compadecer do outro, da comunidade. “Quando pratico a compaixão, o meu coração se torna parecido com o de Cristo. Quem recebe compaixão se abre para o evangelho. Como resultado dessas ações diárias, temos muitos membros envolvidos, orações verdadeiras, pessoas gratas e uma igreja relevante para a comunidade. Nós nos envolvemos na salvação de almas e na restauração do corpo. Queremos ajudar espiritualmente e fisicamente”, finaliza o pastor.

Veja quais são os desafios diários: