Missionária além das fronteiras
Aos 17 anos, Gilda Aquino tornou o IABC seu novo campo missionário
"No dia em que eu me entreguei a Deus, fiz um pacto com Ele. Eu vou para aonde o Senhor mandar". A aluna do Instituto Adventista Brasil Central (IABC), Gilda Marlene Villar Aquino, conta como desde cedo decidiu seguir os caminhos de Deus.
Nascida e criada no sul do Paraguai, aos 9 anos começou seu trabalho missionário, ensinando crianças sobre a Bíblia. Aos 11 anos já estava à frente das igrejas, pregando o que aprendia com Deus. Gilda conta que sentia falta do envolvimento dos jovens para com a missão na igreja. “Passou o tempo e eu percebi que não havia muitos jovens comprometidos com a missão, jovens estudando a bíblia com outros, por exemplo. Então percebi que tinha o dom de ensinar e conseguia entender muito bem as escrituras. Portanto, aos 11 anos comecei ensinar sobre a bíblia”, relata.
As atividades da aluna se intensificaram, ensinando sobre a Bíblia com 25 pessoas, levando 9 delas a aceitarem a Deus e se tornarem membros da Igreja Adventista. Para conseguir manter essa rotina, Gilda trabalhava pela manhã, estudava durante a tarde e dedicava à noite para os estudos da Bíblia. “Tudo que eu ganhava eu investia na missão”, acrescenta.
Sua história não parou por aí. Ao se encontrar com líderes de outros grupos de estudos bíblicos no Paraguai, a jovem missionária contou seu testemunho, chamando a atenção de todos presentes. Entendendo o potencial de Gilda, o presidente do escritório adventista do centro-oeste brasileiro, Alijofran Brandão, a ofereceu uma bolsa integral de estudos no IABC. “Eu fiquei impressionada e impactada com esse presente!”, admite Gilda.
O IABC a recebeu de portas abertas, se tornando um novo campo missionário para a jovem. No entanto, quando chegou, Gilda relata que se sentiu inútil quanto a causa de Deus. “Que egoísta foi minha decisão de vir pra cá! Pois no Paraguai eu ia todos os dias para estudar a bíblia com as pessoas, pregar, trabalhar com pequenos grupos de estudo e aqui não faço o mesmo. Eu me sinto muito bem aqui. Nunca tive uma cama tão confortável e vivi tão bem. Mas e essas almas que estão se perdendo lá fora? Eu quero voltar pro Paraguai e eu disse isso a Deus. Eu orei e disse: ‘Parece que não tem gente aqui pra salvar! Parece que essas almas não precisam da minha ajuda! E mesmo se precisarem, como vou pregar se não sei o idioma?’”, indagava.
Após esse momento de angústia, a missionária relata que as portas foram se abrindo para que pudesse trabalhar na missão. O professor de espanhol do IABC, Eraldo Oliveira ao descobrir o testemunho da aluna a propôs um desafio. “Ele me disse o seguinte ‘se estiver disposta, quero que ensine a bíblia na nossa classe de espanhol aos sábados’. Ai meu Deus! Glória a Ele, pois havia atendido meu pedido. Eu quero trabalhar aqui!”, explica Gilda.
Desta forma, Gilda iniciou seu ministério no IABC. Hoje, oferece estudos bíblicos para 4 alunos, auxilia a diretora da escola Gabriela Wolff com um grupo de estudos da Bíblia e busca por impactar todos ao seu redor. “Eu acredito que aonde Deus te leva, sempre haverá uma alma precisando ouvir a voz de dEle”, conclui a missionária.