Primeira-dama lança campanha de humanização em projeto da ADRA
Parcerias com empresas foram feitas para ajudar a reintegrar moradores em situação de rua no mercado de trabalho
Nesta quarta-feira (20), a primeira-dama, Tainá Vidal, lançou a Campanha de Humanização para os moradores em situação de rua e pessoas com vulnerabilidade social que estão sendo atendidas de segunda à sexta pela equipe da ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais), por meio de palestras, almoço, acompanhamento com assistente social e encaminhamento à clínica de dependentes químicos. O encontro foi no Ginásio Tesourinha, bairro Menino Deus.
A primeira-dama estava acompanhada por um grupo de empresários que ajudará a concretizar esse projeto. Dentre eles Instituto Embelleze, CTZ Soluções, uma empresa de Coaching e a direção do Sine (Sistema Nacional de Emprego). Segundo ela, um dos objetivos desse projeto é fazer uma ponte entre a empresa e o empregado, conhecer o grupo e traçar cada perfil para a sua equipe de profissionais saber exatamente onde pode trabalhar com o indivíduo, e assim facilitar a entrada deles no mercado de trabalho. “Eles vivem em uma realidade onde a autoestima deles foi destruída, então a gente dando esse carinho, esse amor especial, eu acho que teremos grandes surpresas”, comenta Tainá, esposa do prefeito de Porto Alegre, Marchezan Júnior.
Oportunidade
A primeira roda de conversa será no dia 27 de novembro, às 14h, no Sine de Porto Alegre. A ideia é acontecer semanalmente as reuniões para o quanto antes haver a preparação dos candidatos. Os grupos serão separados de acordo com a necessidade de cada um, inclusive a da parte estética.
O Instituto Embelleze atenderá o procedimento de corte de cabelo feminino e masculino, corte de barba, esmaltação de unha, designer de sobrancelha, entre outros serviços. “Se o objetivo é proporcionar uma transformação de vida para eles, a imagem pessoal passa por isso também”, afirma Adriana Klein, representante da empresa.
Alan Paz tem 26 anos e está há 3 meses morando na rua. Ele conta que conseguir um emprego da forma como ele vive é mais difícil. “O morador de rua ele é mal visto não só pelos empresários, mas por toda a sociedade, ele é discriminado no modo geral. Então eu achei muito bacana essa iniciativa de conversar com os empresários e fazerem eles entenderem que o morador de rua não é só um usuário de droga, não é só um assaltante, cada um tem seus fatores para estar na rua, cada caso é um caso”, declara.
Resultados
O gerente do Sine de Porto Alegre, Diego Rojas, explica que a conquista do emprego pode até demorar, por conta dos ajustes, mas que não é impossível alcançá-lo. "Temos o caso do famoso Papai Noel que só conseguia emprego na época natalina e hoje, através da procura que ele fez aqui, foi encaminhado ao mercado de trabalho e está lá feliz da vida trabalhando. Tivemos outros casos também e esperamos que cada vez a gente possa receber mais essas pessoas para oportunizá-las”, menciona.