Foi em 2016 que um grupo de jovens da igreja adventista central de Itajaí, em Santa Catarina, sentiu a necessidade de fazer a diferença em sua comunidade. Durante um retiro espiritual, os fiéis foram incentivados a trabalhar para Deus com aquilo que gostam de fazer. A troca de ideias aconteceu e do papel saiu o Seventh, uma iniciativa com a proposta de semanalmente oferecer oficinas de diferentes atividades para estudantes de uma escola municipal localizada em frente ao templo.

“Se a igreja saísse hoje daqui, será que os vizinhos sentiriam falta da gente? Essa pergunta ficou martelando em nossa cabeça”, comenta Pedro Braguini, um dos integrantes do programa.

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Artesanato, culinária, defesa pessoal, futebol, flauta e violão são as opções que as crianças têm para escolher. E para os pais também há uma oficina de treino funcional. Mas, antes de qualquer atividade, um estudo bíblico por faixa etária é realizado com todos os participantes. “Temos o estudo, fazemos pedidos e agradecimentos, oramos. No final, cada líder é responsável por trazer um lanchinho para o seu grupo”, explica Braguini.

Para deixar esses momentos ainda mais divertidos, o grupo produziu um dinheirinho chamado Amor Real, que incentiva o bom comportamento, as boas notas na escola e também a disciplina em fazer as atividades durante o Seventh.

No final do ano acontece uma celebração em que são oferecidos às crianças e seus familiares cortes de cabelo, manicure, massagista, consultoria com advogado, dentista, além de brincadeiras. É nesta oportunidade que as crianças trocam o dinheirinho por diferentes itens em uma feirinha montada pela equipe.

Contribuições

O resultado desta iniciativa já levou uma criança e dois voluntários do projeto ao batismo. Uma delas é Natane de Carvalho, que em sua segunda visita à igreja foi convidada para conhecer o Seventh e logo no primeiro dia entrou em ação para ajudar na oficina de culinária.

A advogada admite que a iniciativa contribuiu para que tivesse coragem para ser batizada, um desejo que já nutria. “Este projeto despertou em mim uma vontade de querer participar cada vez mais, e consequentemente me fez ter certeza acerca do batismo”, analisa Natane, que foi batizada no dia 14 de setembro.

O Seventh não apenas mobiliza pessoas, mas procura transformar vidas além das crianças que participam, e alcançar os voluntários que dedicam seu tempo e talento. “A gente começou com o pensamento de ajudar e mostrar Jesus para as crianças. Mas foi o contrário: elas nos ajudam a conhecer um Jesus que a gente só conhecia de banco de igreja”, amplia Braguini.

E Natane confirma. “Tem sido uma experiência incrível. Achei que ao participar de projetos como este estaria ajudando pessoas, mas me surpreendi ao descobrir que isso também me ajuda, também me aproxima cada vez mais de Deus. E, consequentemente, quero que cada vez mais pessoas conheçam o mesmo amor”, sublinha.

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