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Missão

Jordaniana é alcançada pelo livro Tempo de Esperança

Ao realizar uma visita, pastor foi surpreendido ao ver que título entregue no Brasil chegou ao Oriente Médio.


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Rodrigo Assi e a família já serviram a igreja em Guiné-Bissau, na Mongólia e agora na Jordânia. (Foto: Arquivo pessoal)

Ser cristão em um país majoritariamente muçulmano é desafiador. Na Jordânia, 97% dos habitantes professam o islamismo e nenhuma outra religião é autorizada a propagar seus ensinamentos. É nesse contexto que vive o pastor brasileiro Rodrigo Assi, sua esposa, Gabriela, e o filho, Benjamin. Lá, os cristãos optam por tornar sua religião e seus valores conhecidos a partir da amizade. Isso significa que passam tempo com pessoas de outras religiões em refeições, visitas ou passeios. Em um desses momentos, o casal conheceu Mariza, uma brasileira casada com um árabe e que vive no país desde 1983.

Durante o encontro, o pastor explicou que trabalhava para a Igreja Adventista. Foi, então, que a surpresa veio. “Ela pediu licença, saiu e retornou com um livro na mão, intitulado Tempo de Esperança, em português. Imaginem a nossa reação!”, exclama Rodrigo. Esse é um dos títulos lançado pelo projeto Impacto Esperança no ano de 2010. Trata-se de uma iniciativa anual da denominação, que já distribuiu mais de 130 milhões de exemplares em toda a América do Sul.

Mariza contou que, em uma visita ao Brasil, em 2010, ela e seu tio receberam a publicação de uma senhora durante uma viagem de ônibus. Ali mesmo, perguntou àquela que lhe entregou de que se tratava a obra. A resposta foi de que se tratava de uma campanha da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Mariza leu o livro e foi impactada. “Apreciei muito as palavras sábias expressadas pelo autor. Me trouxe uma paz e uma segurança muito grande”, lembra. Após o encontro entre a família pastoral e a brasileira em solo estrangeiro, o contato entre eles têm se estreitado gradualmente.

Vida em missão

Rodrigo e sua família fazem parte do projeto Missionários para o Mundo, iniciativa que enviou, em 2015, 25 famílias da América do Sul para países com quase nenhuma presença adventista. Antes de ir para a Jordânia, atuaram durante dois anos na Mongólia, nação com grande número de budistas e não praticantes de nenhuma religião. Nas duas localidades, o pastor implantou, dentre outros projetos, Clubes de Desbravadores, atividade que tem impactado a comunidade local com adolescentes e crianças.

Atualmente, Rodrigo e a família vivem na cidade de Irbid, no noroeste da Jordânia. A Igreja Adventista é reconhecida no país, mas só pode dar atenção para membros já convertidos, sendo proibido qualquer atividade proselitista religiosa. Por isso, a congregação que ele lidera possui apenas seis membros, todas mulheres, com apenas um culto aos sábados pela manhã.

Para ele, histórias como a de Mariza dão ânimo para continuar, mesmo em meio aos desafios sempre evidentes. "Deus usa meios diferentes para que as pessoas recebam a mensagem. Isso nos faz acreditar que estamos no lugar certo e no momento certo para sermos usados por Deus da maneira que Ele deseja", conclui o brasileiro.