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Com a venda de pães, Padaria Solidária doa cestas básicas para pessoas carentes

No Dia do Padeiro, 8 de julho, conheça a história de voluntárias que multiplicam o pão na mesa dos brasileiros


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Padeiras expõem uma parte da produção de pães da Padaria Solidária. (Foto: Renata Paes)

Todas as quartas-feiras, padeiras se reúnem, voluntariamente, para produzir o pãozinho nosso de cada dia. São oito horas intensas de trabalho e os fornos permanecem aquecidos o dia todo, na Padaria Solidária. O nome do estabelecimento indica a finalidade pela qual foi criada: usar os recursos arrecadados com a venda de pães para a compra de cestas básicas, destinadas à pessoas em situação de vulnerabilidade social.

São 22 anos de existência da Padaria, que funciona nas dependências da Igreja Adventista do Sétimo Dia do bairro Padre Eustáqui, em Belo Horizonte. De lá para cá, já se perdeu as contas do número de famílias que foram ajudadas. Os pães são vendidos por meio de encomendas, realizadas todas às terças e nas quartas os clientes vão buscar ou recebem em casa.

Maria Auxiliadora Brito, cliente assídua, sabe que ao adquirir os pães, contribui para que não falte alimento na mesa de outras pessoas. “Eu vejo a compra dos pães como uma oportunidade de servir pessoas que estão passando por necessidade, porque eu tenho certeza que quando eu compro esse pão, alcanço o coração de várias pessoas”, diz ela.

A microempresária, Maricéia Porto Fagundes, que é uma das padeiras voluntárias, conta que fazer parte da equipe e realizar esse trabalho a tirou da depressão. Ao atuar na Padaria, encontrou conforto, amizades e esperança em cuidar do próximo.

“Eu estava passando por um momento difícil na minha vida. Vim para cá, fui trazida pela minha sogra, fiz amizades e esse trabalho realizado aqui é real, ajuda muitas pessoas que precisam”, ressalta ela.

Saúde sempre

Hortência põe a mão na massa e ensina o passo a passo das receitas para a produção de pães saudáveis. (Foto: Renata Paes)

Tem pão de rosca, pão integral doce, integral de sal, de cebola e panhoca. Segundo a administradora da Padaria, Hortência Duarte Peixoto, o diferencial do estabelecimento também está nos ingredientes dos pães, que trazem benefício a saúde. “Eles não levam açúcar refinado, margarina e são alimentos que você pode comer com segurança, principalmente os diabéticos, que podem se alimentar do nosso pão integral de sal. Com certeza, não vai fazer nenhum mal”, ressalta.

O policial civil, Assis Gonçalves de Brito, é diabético e sabe muito bem da importância de uma alimentação que obedeça a dieta. Cliente há 15 anos, diz confiar no que leva para dentro de casa. “Como sou diabético, tenho que comer coisas saudáveis. Acredito muito nesse pão, sei da procedência”, ressalta.

História do pão

Quadro na parede da Padaria Solidária com a frase " Senhor, dai-nos sempre deste pão", expressa o desejo das padeiras voluntárias. (Foto: Renata Paes)

Nem sempre o pão teve a aparência, textura e sabor atraentes, como os de hoje. Acredita-se que os primeiros pães começaram a ser produzidos seis mil anos atrás, na Mesopotâmia. A princípio, o alimento surgiu a partir de uma mistura, seca, dura e amarga, feita da farinha de trigo.

Por muito tempo, o pão foi usado como moeda de troca, pagamento por serviços. Em Roma, o alimento fez parte da política do “pão e circo”, artifício utilizado pelos imperadores para manter a população distraída e satisfeita, para que não notasse as mazelas que os cercava.