Pastor peruano conta como exerce o ministério no interior de MG
Nil Martin Reys Acunã é formado em teologia pela Universidade Peruana- UPEU- Lima
Nil Martin Reys Acunã é natural de Chimbote que é a maior cidade da região de Ancash do Peru e a capital da província de Santa e do distrito de Chimbote. A cidade está localizada na costa da baía de Chimbote, a 130 km ao sul de Trujillo e a 420 quilômetros a norte de Lima, na rodovia pan-americana norte.
Formado em teologia pela Universidade Peruana- UPEU- Lima, pastor Nil Martin é casado com Shalina Araceli Zuñiga Ferrer, desta união nasceram Gracias Areli Reys Zuniga e Matias Estefano Reyes Zuñiga.
No início deste ano, pastor Nil Martin recebeu um chamado para trabalhar na cidade de Brasília de Minas, Norte de Minas Gerais.
Nesta entrevista ele explica como é exercer o ministério pastoral no interior deste estado.
O pastor é natural de Peru e no final de 2017 recebeu chamado para trabalhar na Missão Mineira Norte. Como está sendo a experiência de trabalhar no Brasil, mais precisamente na cidade de Brasília de Minas?
Nossa experiência de trabalhar no Brasil, em nosso distrito é uma bênção. Brasília de Minas é uma cidade pequena, mas é onde devemos levar a palavra de Deus. As pessoas são boas, tanto os membros da igreja e os que não são da igreja. Eu penso que por sermos de outros país, as pessoas quererem escutar como falamos, elas escutam com atenção. Vejo isso como uma bênção e uma oportunidade para levar a palavra de Deus.
Conta como era a vida da família no Peru antes de receber o chamado ministerial para o Brasil?
Na realidade para nós foi um presente de Deus este chamado. Trabalhamos no Peru 11 anos, sendo dez anos na Selva do Peru, Missão do Oriente Peruano da União Peruana Do Sul. Foram momentos inesquecíveis que passamos naquele lugar.
A temperatura era muito quente, variava entre 36, 37 graus. Em alguns dias chegava a 40 graus, mas acostumamos com o clima e já tínhamos adaptado também.
Junto com minha esposa fazíamos a obra de Deus, eu tinha a responsabilidade de dirigir uma região com oito pastores. Minha esposa também tinha as responsabilidades com as esposas dos pastores através do Ministérios da Mulher e Crianças, além de outras atividades.
Nós muitas vezes pegávamos o nosso tempo livre e trabalhávamos ainda mais. Dedicávamos também uma parte importante do nosso trabalho para o plano da visitação para as famílias de nosso distrito. O pastor e a esposa sempre trabalham juntos, entregando informes de cada evento por departamentos dos ministérios para a Missão. Na realidade ficávamos cansados, mas contentes e satisfeitos por trabalhar para Deus.
Consegue descrever o primeiro dia de trabalho na cidade de Brasília de Minas?
Aquele dia foi engraçado. Pastor Claudiney, nosso presidente, pega nossas malas e coloca em seu carro. Nos leva para conhecer o distrito missionário. A caminho para Brasília de Minas, me faz uma pergunta: pastor Nil você está preparado para pregar hoje? Pensei que só seria a apresentação junto com minha família.
Respondi para o pastor que sim, eu poderia pregar. Só que eu não falava nada de português, e nessa viagem fiz uma oração de misericórdia a Deus por mim. Que ele me usasse, que o idioma não fosse um obstáculo.
Quando nós chegamos pela primeira vez no nosso distrito pastoral, um ancião de uma igreja representativa de nosso distrito veio para mim e me saudou em espanhol. Falei para ele para ser meu tradutor. Neste dia preguei pela primeira vez em meu distrito, tudo estava certo. O pastor presidente me fez a segunda pergunta: pastor Nil você está preparado para pregar agora em sua igreja central? Eu com muita confiança falei que sim. Pensando que aquele irmão ajudaria outra vez. Mas aquele irmão tinha responsabilidade em sua igreja. Então fui para pregar e sem tradutor.
Sempre lembrarei do meu primeiro sermão em portunhol. O pastor presidente me ajudava com algumas palavras como tradutor. Eu agradeço por toda a paciência da igreja para comigo e minha família. Ainda não falamos bem o português, mas falamos o suficiente para que as pessoas possam entender.
Quais os maiores desafios enfrentados trabalhando no Brasil?
Primeiro é a língua, depois a cultura, espero e estou a conhecer mais do Brasil e especialmente do Norte de Minas. Para que eu possa falar sem ferir o coração das pessoas. Sempre acreditei que deve existir desafios, pois sem desafios não pode se chegar ao alvo.
Isso ajuda melhorar nossa comunhão e depender mais de Deus. Por que miramos nossa humanidade, e sem Jesus, somos nada. Eu devo apresentar a Jesus em cada pregação dentro e fora da comunidade cristã.
Quais as principais características do seu ministério e fale um pouco do trabalho na região de Brasília de Minas
Eu gosto de fazer plano de visitação e Pequenos Grupos. Em este ano iniciamos com vários planos. Elegemos uma igreja representativa e PGs e trabalhamos todas as sextas feiras a noite.
Somente em uma igreja temos sete PGs organizados e ativos. Estamos com planos de visitação e com a ajuda da liderança já vistamos 27 famílias de uma das nossas igrejas.
Nosso objetivo é que para o próximo ano, Deus queira, nosso ministério consiga colocar em prática em todas as igrejas do distrito o plano de visitação e mais a implantação dos Pequenos Grupos.
Uma mensagem para os adventistas de Brasília de Minas e região
Meu desejo é que muitas pessoas possam conhecer de Jesus. Muitas vezes eu penso que não é somente meu distrito, que é meu território cristão também: Cada casa, loja, prefeitura, escolas, etc... Sou pastor de uma grande multidão que ainda falta deixar a suas casas, e a maneira de fazer é estar juntos e unidos, pois cada um tem que somar e não restar.
Jesus com poucos fez grandes maravilhas; agora somos muitos, e a promessa de Deus é que faremos maiores coisas em seu nome. A seara está para a colheita.
Precisamos de membros voluntários de coração para ir trabalhar por Jesus. E nossa igreja está preparada para fazer a obra de Deus. Nossa igreja precisa ver que seu pastor é espiritual, não só parecer espiritual, mas ser espiritual.