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Ministério trabalhado em sala de aula fortalece disciplina de ensino religioso em Novo Hamburgo

Pastor da Escola Adventista de Canudos implementou projeto que beneficia aprendizado e interação entre estudantes.


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Por Willian Vieira

Ideia do Ministério Sem Nome coloca em prática o comprometimento com Deus e a tarefa de espalhar o amor sem que existam bandeiras de um projeto específico ou listas de requisitos.

Desde que passou atuar como professor de religião, o pastor Lucas Muletaler percebeu que o interesse dos estudantes pela disciplina não era lá dos mais empolgantes. Para tentar tornar a matéria mais atrativa, ele tem aplicado o conteúdo religioso à realidade dos alunos, o que começou a trazer uma resposta um tanto positiva. Como por exemplo, para a estudante Mirella Borges.

“Eu tenho agregado muitas coisas para mim. Ele está explicando de uma maneira diferente, porque escreve bastante no quadro, detalha muito o que explica e eu entendo mais. Além disto, agora tem o MSN também, que é muito legal e muito importante para mim”, conta.

O tal MSN não tem nada a ver com aquele antigo programa de mensagens instantâneas utilizado por internautas. É uma sigla conhecida entre os alunos da Escola Adventista de Canudos, em Novo Hamburgo, para o Ministério Sem Nome, uma forma criada para colocar em prática o comprometimento com Deus e a tarefa de espalhar o amor sem que existam bandeiras de um projeto específico ou listas de requisitos.

“Ele tem essa proposta de aproximar os alunos de Deus e também fazer com que eles levem Jesus às famílias e à sua comunidade, e isso implica numa grande revolução. Para o dia a dia do estudante, nós imaginamos que as aulas de religião devem deixar de ficar presas a uma teoria, a um caderno, a um livro, mas principalmente mostrar ao aluno que aquilo que está estudando tem um significado na vida dele”, explica o pastor.

Uma das formas de materializar esses conceitos foi a criação de um grupo de artes cênicas, que conta com cerca de 40 alunos. Além das encenações feitas dentro da própria escola, os estudantes também saem às ruas para levar o que aprendem a quem não costuma esperar por esse tipo de atitude. Para o aluno Kaíque Mello, o principal sentido destas realizações está na transmissão de mensagens importantes a quem precisa. “Quando a gente vai fazer uma peça, isso foi o que mais me mostrou até agora que nosso valor é tentar passar uma mensagem de Deus para outras pessoas e também ficar ali com os nossos amigos, fazendo uma coisa que a gente gosta e que os outros vão entender e levar para a vida deles”, defende.

Para Márcia Silveira, diretora da escola, trabalhar o conceito de ministério em sala de aula tem gerado uma série de benefícios que se estendem, inclusive, às famílias dos estudantes. “Esse tipo de ação tem promovido a interação dos alunos entre eles. Tem levado o amor de Jesus de forma prática para a sala de aula, para a rua, para a vida deles. Isso tem sido uma benção, a gente tem recebido elogios dos pais. Os alunos têm se envolvido com o ministério sem nome, com o pastor e isso é muito bom. Tem tirado os alunos do foco da internet, de jogos eletrônicos, pra coisas práticas que envolvam e promovam o amor de Jesus na vida deles e na comunidade”, avalia.