Educação Adventista contra o bullying
Manaus, Am... [ASN] Violência física, apelidos constrangedores, referências preconceituosas e outros comportamentos agressivos são formas pelas quais se pratica o bullying. Esse tema é muito recorrente no país, principalmente nas escolas. Segunda a p...
Manaus, Am... [ASN] Violência física, apelidos constrangedores, referências preconceituosas e outros comportamentos agressivos são formas pelas quais se pratica o bullying. Esse tema é muito recorrente no país, principalmente nas escolas. Segunda a pedagoga Tânia Brasil, o bullying trás consequências muito prejudiciais para a vida das crianças e/ou adolescentes que sofrem esse tipo de violência. “Além das consequências físicas, há também as consequências psicológicas. Uma criança que sofre bullying se torna retraída, tímida, ou até o contrário, ela pode se tornar uma criança agressiva. Isso prejudica no comportamento, nas atitudes, no modo de ver a vida”, explica.
Em 2015 o Senado aprovou o projeto que originou a Lei 13.185/15, mais conhecida como “Lei do Bullying”, para criar uma política nacional de combate à prática e assegurar atendimento psicológico aos alvos, impondo a escolas, clubes e agremiações o dever de assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnóstico e combate à violência e à intimidação sistemática.
Para assegurar e prevenir que essa prática não ocorra, o Colégio Adventista Paul Bernard, localizado na zona leste de Manaus - Am, realiza um trabalho de conscientização durante o ano todo através do plano mestre de desenvolvimento espiritual, que nesta semana do combate ao bullying é intensificado para os alunos.
O trabalho consiste na pontuação de valores importantes como humildade, igualdade, para que os alunos percebam que todos são iguais, independente de cor, raça e credo.
Em prol da diversificação cultural, no lançamento do segundo valor de pontuação para este ano, a igualdade, realizado no dia 04 de abril, o colégio realizou a doação de duas bolsas de estudo, para refugiados estrangeiros, uma haitiana e uma venezuelana. A gestora do colégio, professora Cleusiomar Pacheco afirma que essa ação trás para a instituição uma rica diversidade cultural e também uma grande experiência de convivência para os alunos. “Aqui no colégio temos funcionários deficientes auditivos, cadeirantes, e a vinda desses alunos estrangeiros trás uma rica experiência para todos. Para que assim possamos trabalhar mais ainda o respeito e o amor ao próximo” afirma.
Antônia Geralda é refugiada haitiana no Brasil e ganhou uma bolsa de estudos do colégio adventista. Para ela, isso é a realização de um sonho e também um desafio. “Eu estou muito feliz, era um sonho que eu tinha, sei que vai ser difícil estudar numa escola brasileira, mas estou muito feliz com isso” conta.
O trabalho de combate ao bullying no colégio adventista Paul Bernard dura o ano todo, mas já produz frutos muito significativos nos alunos. Para Lucas Daniel, aluno do colégio, é preciso aceitar a todas as pessoas, sem se importar com cor, raça, aspecto físico ou religião. “Pra acabar com o bullying é necessário ser amigo de todos e conhecer a pessoa sem julgá-la, procurar conhecer como ela é por dentro” afirma. [Equipe ASN, Fabrício Gomes]