Notícias Adventistas

Projetos Sociais

Bancos de sangue precisam de doadores, alerta Ministério da Saúde

Hemocentros alertaram sobre baixa nos estoques. Estados que registram casos de febre amarela apresentam maior queda nas doações


  • Compartilhar:

Por Agência Saúde, com informações da redação

O estoque de sangue é essencial em atendimentos de urgência, cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas e oncológicas. (Foto: Shutterstock)

O Ministério da Saúde divulgou um alerta no início de março sobre a queda nas doações de sangue que tem afetado os estoques, segundo relatos de hemocentros de todo o país. A pasta reforça a importância da doação regular, sensibilização de novos voluntários e dos já existentes doadores.

As doações de sangue costumam ser menores em todo o país nos períodos de férias escolares e feriados prologados, o que ocasiona uma redução nos estoques dos hemocentros. Estados que registram casos de febre amarela apresentam maiores quedas, pois quem recebe a vacina contra a doença fica inapto para doar sangue durante quatro semanas. Uma das prioridades do Ministério da Saúde é manter os estoques de sangue abastecidos. Assim, vale lembrar a população da importância de doar antes de viajar ou de se vacinar contra a febre amarela.

“O sangue é insubstituível. Ainda não existe nenhum tipo de medicamento que possa substituir a doação de sangue. E quem precisa, só consegue graças à generosidade de quem doa. O importante é doar regularmente, pois em períodos de férias e seca, a tendência é diminuir os estoques. Vale lembrar que uma doação pode beneficiar até quatro pessoas”, reforça o coordenador da área de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Flávio Vormittag.

O sangue é essencial para os atendimentos de urgência, realização de cirurgias de grande porte e tratamento de pessoas com doenças crônicas, como a Doença Falciforme e a Talassemia, além de doenças oncológicas variadas que, frequentemente, necessitam de transfusão sanguínea.

Os adventistas e a doação de sangue

A Igreja Adventista mantem projetos perenes de incentivo à doação de sangue. O Vida por Vidas mobiliza, anualmente, desde 2005, voluntários de toda a América do Sul para doarem durante o período da Páscoa. O Global Youth Day (Dia Mundial do Jovem Adventista) estimula jovens do mundo inteiro a praticar boas ações, dentre elas, a doação de sangue.

Celebrado, neste ano, em 17 de março, o Global Youth Day teve como foco a distribuição de pão e água, o que não anulou o estímulo à doação de sangue.

Condições para doar

No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos, é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e apresentar bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar em jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto. A frequência máxima é de quatro doações anuais para o homem e de três doações anuais para a mulher. O intervalo mínimo deve ser de dois meses para os homens e de três meses para as mulheres.

Dados nacionais

No Brasil, são feitas cerca de 3,4 milhões de doações de sangue por ano. Dados de 2016 indicam que 1,6% da população brasileira – 16 a cada mil habitantes – doa sangue. Embora o percentual fique dentro dos parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS) – de pelo menos 1% da população – o Ministério da Saúde tem se esforçado para aumentar a taxa. Em 2017, o órgão investiu R$ 1,2 bilhão na rede de sangue e hemoderivados (Hemorrede). Os recursos foram destinados a estruturação da rede nacional para a modernização das unidades, qualificação dos profissionais e processos de produção da Hemorrede, além do fornecimento de medicamentos de alto custo a pacientes para atenção aos pacientes portadores de doenças hematológicas.

Atualmente, o Brasil possui 32 hemocentros coordenadores e 2.033 serviços de hemoterapia, incluindo hemocentros regionais, núcleos de hemoterapia, unidades de coleta e transfusão, central de triagem laboratorial de doadores e agências transfusionais. A doação de sangue é 100% voluntária e beneficia qualquer pessoa independente de parentesco com o doador.

Referência

O Brasil é referência em doação de sangue para a América Latina, Caribe e África. Desde 2009, a experiência brasileira é utilizada em cooperações técnicas com vários países para o fortalecimento e desenvolvimento da promoção da doação voluntária de sangue, qualificação da atenção integral à pessoa com Doença Falciforme e aperfeiçoamento da produção de hemocomponentes. Honduras, El Salvador e República Dominicana são exemplos de parceiros em projetos para o fortalecimento da doação voluntária de sangue.