Tratamento para dor crônica em pessoas com doenças falciformes é tema de estudo
Pesquisadores da Faculdade Adventista da Bahia publicam artigo inédito na revista internacional "Frontiers in Human Neuroscience" (Fronteiras na Neurociência Humana), uma das revistas de maior fator de impacto na área, apresentando um protocolo de tr...
Por Danielle Palma
A dor crônica é uma condição que afeta cerca de 60 milhões de brasileiros. É descrita como uma dor persistente por pelo menos três meses, e na maioria dos casos, afeta a rotina das pessoas. Este é um dos principais problemas que permeiam a vida de indivíduos com doenças falciformes. Geralmente, o tratamento desses pacientes é feito com o uso de opióides, que são fortes analgésicos.
Recentemente, professores da FADBA, em parceria com pesquisadores do Núcleo de Estudos em Saúde e Funcionalidade (NESF), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), publicaram um artigo inédito na revista internacional Frontiers in Human Neuroscience (Fronteiras na Neurociência Humana), uma das revistas de maior fator de impacto na área, apresentando um protocolo de tratamento que não utiliza remédios para tratar a dor crônica em pessoas com doenças falciformes.
Trata-se de duas técnicas de eletroestimulação muito utilizadas na fisioterapia, mas que até o momento não haviam sido aplicadas em pacientes com doenças falciformes, são elas: Estimulação Transcraniana com Corrente Contínua (ETCC) e Estimulação Periférica (EP). Essas técnicas foram aplicadas no estudo através de um ensaio clínico, importante metodologia para a comunidade científica, com o objetivo de tratar a dor de pacientes falcêmicos com osteonecrose.
Liderando o trabalho está Tiago Lopes, egresso de fisioterapia da FADBA e doutorando do Programa de Pós-graduação em Medicina e Saúde da UFBA, contando ainda com a participação dos professores Wellington Silva e Sanzia Ribeiro.
Este estudo traz dois principais ganhos, o primeiro diz respeito ao envolvimento e produção científica dos professores da FADBA, estimulando os alunos a se familiarizarem com a pesquisa. O segundo ganho é a responsabilidade e retorno social, contribuindo para qualidade de vida das pessoas com doença falciforme.
Segundo o Dr. Wellington Silva, este estudo é importante para a região do Recôncavo Baiano, pois apresenta frequência elevada de pessoas com doenças falciformes que sofrem constantemente de dores. Além disso, este tratamento beneficiará pessoas com outras doenças que também tem dores crônicas.
O artigo pode ser acessado livremente através do LINK.