Apoio emocional pode salvar vítimas de câncer de mama
Durante o Outubro Rosa, campanhas conscientizam mulheres do mundo inteiro.
São Paulo, SP... [ASN] Outubro é considerado o mês rosa, pois incentiva a conscientização e a prevenção do câncer de mama em diversos países. Um dos objetivos da campanha é mostrar a importância do apoio familiar durante o tratamento da vítima. Segundo especialistas, o suporte emocional é essencial para a cura da doença.
Entenda mais:
Luta compartilhada
A paulista e dona de casa, Socorro de Alencar, exibe um sorriso no rosto característico de alguém que venceu na vida. Há pouco mais de cinco anos, ela sobreviveu a um câncer de mama muito invasivo que a deixou meses acamada. Segundo ela, uma das razões pela qual conseguiu superar a doença foi o apoio do marido e dos filhos. “Ter minha família ao meu lado foi essencial para eu lutar para viver. Eles me motivaram em todos os momentos. Devolveram-me a autoestima quando eu não tinha mais nem um fio de cabelo para pentear”, lembra Socorro.
Esta história se repete com centenas de mulheres pelo mundo, tanto pelo exemplo familiar, quanto pela manifestação da doença. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 57 mil brasileiras foram diagnosticadas com câncer em 2016. A perspectiva futura também não é positiva, pois de acordo com especialistas a tendência é que a população feminina seja cada vez mais afetada devido aos maus hábitos alimentares.
"Devolveram-me a autoestima quando eu não tinha mais nem um fio de cabelo para pentear", diz Socorro, vítima de câncer de mama.
Medicina moderna
Para se ter uma ideia, o câncer de mama é o tipo que mais mata mulheres no mundo. No entanto, com o diagnóstico precoce, há 90% de chance de cura. Com os avanços da medicina, a cura ainda na fase inicial já é uma realidade. Recentemente, uma biomédica pernambucana desenvolveu um chip capaz de detectar 18 tipos de cânceres precocemente. Em campinas, na Unicamp, um grupo de pesquisa também criou um chip que alerta a possível manifestação do câncer de mama seis meses antes do nódulo se formar. Ambos estão em fase de testes, sem previsão para lançamento.
As iniciativas também revelam a importância do diagnóstico prévio. Mesmo que toda essa tecnologia esteja disponível em breve no mercado, o oncologista Gustavo Gobetti afirma que o autoexame ainda é o método mais eficaz. “Acima dos 35 anos, todas as mulheres devem fazer o autoexame mensalmente”, complementa o especialista.
Conscientização
Porém, o maior desafio para médicos e simpatizantes da área é conscientizar as mulheres e realizarem o autoexame desde cedo. Por isso, o Conselho Estadual da Condição Feminina, em parceria com a Igreja Adventista e o Instituto Avon, soltaram centenas de balões rosas no centro de São Paulo-SP como um sinal de alerta às paulistas. Materiais impressos também foram distribuídos para os transeuntes. A ação ocorreu na terça-feira, 17, próximo à Praça da Sé.
Saiba mais sobre a iniciativa:
A advogada do Conselho Estadual da Condição Feminina, Meire Nogueira, explica que um movimento público não serve apenas para conscientizar as possíveis vítimas, mas também para pessoas próximas que podem ajudar no processo da cura de mães, irmãs ou amigas. [Equipe ASN, Jhenifer Costa]