Escolas e órgãos públicos recebem equipes do projeto "Quebrando o Silêncio"
Passeatas, fóruns, palestras e outras ações foram realizadas como forma de incentivar e alertar a comunidade a denunciar as diversas faces da violência
Ananindeua, PA… [ASN] A campanha do Quebrando o Silêncio, promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia há 15 anos, tem o objetivo de combater a violência doméstica e motivar a denúncia, a fim de ajudar pessoas a vencer a dor. Neste ano, o tema abordado é a violência sexual, especificamente o estupro, como objeto de discussão.
O arquipélago do Marajó é composto por mais de 2500 ilhas, e mesmo com a dificuldade de locomoção, o projeto Quebrando o Silêncio também tem sido realizado ano após ano. O principal público alvo nessas localidades são crianças e adolescentes que estão sendo alcançados em suas escolas. Equipes preparadas com o material da campanha visitam escolas públicas com o objetivo de conscientizar os alunos.
Em Salvaterra, município que é a entrada para o Marajó, o projeto Quebrando o Silêncio foi realizado em um momento delicado da comunidade, que está abalada pelo assassinato de uma criança de seis anos, crime cometido por um adolescente de treze anos, que confessou outro assassinato. E com este clima de tensão no ar, foi realizada uma palestra com pais e alunos incentivando-os ao combate a violência desde cedo.
A coordenadora sul-americana do Quebrando o Silêncio, Marli Peyerl, explica que a intenção da campanha desse ano é alertar, principalmente, mulheres jovens solteiras e mães sobre a relação dos estupros e abusos sexuais na infância com o uso de drogas, os efeitos disso emocionalmente e espiritualmente e como é possível criar meios de proteção no lar. “Nosso trabalho educacional consiste em mobilizar nossa rede de igrejas, escolas e voluntários para ajudar a conscientizar pessoas sobre os riscos enormes que o estupro provoca na vida das pessoas. Sem falar que, evidentemente, trata-se de crime e precisa ser denunciado como tal. Nossa campanha é um permanente alerta para que as pessoas não sufoquem o grito de dor que sentem por conta de algum tipo de abuso sexual”, afirma.
A diretora do projeto para o Norte do Brasil, Ironildes Bussons, ressalta a importância de a Igreja não apenas divulgar a iniciativa, mas também preparar e formar agentes de esperança e transformação, além incentivar a participação de profissionais para ajudar os que sofrem. “O quebrando o silêncio vem com uma proposta de sairmos da esfera de informação, e sim termos ações contínuas que contribuam para orientação para com as vítimas da violência. Realizando um trabalho de conscientização junto às famílias, educadores e filhos quanto aos seus direitos, motivando-os a buscar apoio junto aos órgãos competentes e profissionais da área para que o combate possa ser de fato efetivo” aponta Ironildes.
Órgãos públicos são visitados em Macapá
O Estado do Amapá tem como principal fonte de renda o funcionalismo público e na capital Amapaense não é diferente, por isso outro ponto de destaque além das palestras em escolas é a distribuição de materiais e conscientização em órgãos públicos. Incentivando a denúncia e combatendo toda a forma de violência.
Embora seja realizada ao longo de todo o ano, as principais atividades do projeto, como passeatas e fóruns, ocorreram neste dia 26 de agosto em cidades de oito países da América do Sul. Para participar ou receber mais informações, visite um templo adventista (clique aqui para encontrar o mais próximo de seu endereço) ou acesse quebrandoosilencio.org [Equipe ASN, Leonardo Leite]
Confira outras fotos:
https://www.facebook.com/media/set/?set=a.1971702243102330.1073741927.1684660781806479&type=1&l=35dd849578