Adventista é aprovado em primeiro lugar em medicina na UnB
Motivação para a escolha do curso foi buscar um tratamento para a própria doença e ajudar outras pessoas
Brasília, DF… [ASN] Quando adolescente, Augusto Polveiro, começou a sentir dores frequentes no punho. A partir daí a saga foi longa para encontrar o diagnóstico e tratamento corretos. Tudo aconteceu na fase em que em que o garoto decidia qual carreira seguir, por esse motivo, a medicina acabou se tornando uma opção. “O motivo inicial que me levou a querer medicina foi me diagnosticar e tratar. Teve muito de curiosidade também, pois gosto muito do conteúdo relacionado à biologia, psicologia, etc”, conta.
Já no ensino médio, Polveiro finalmente foi diagnosticado com Síndrome do Túnel do Carpo, uma doença que comprime o nervo do punho deixando as mãos dormentes. O diagnóstico se tornou difícil, pois era um caso atípico devido a vários fatores como sua pouca idade. Hoje, com 19 anos, após passar por uma cirurgia, o jovem não sente mais as fortes dores que dificultavam sua escrita.
Polveiro chegou a cursar Física, mas conhecer Jesus e querer fazer o bem aos outros fez com que ele ainda alimentasse o sonho de ser um médico. Porém, para chegar até lá, uma rotina intensa de estudos é necessária. O jovem conta que, inicialmente, estudava todos os dias madrugada adentro. Porém, com o passar do tempo, percebeu que aquele método não estava sendo vantajoso devido ao cansaço que sentia. Então, passou a diminuir o ritmo. E, segundo Polveiro, o sábado proporcionava o descanso que tanto precisava. “Vou a um Pequeno Grupo na sexta à noite que me ajudou muito a acalmar minha cabeça. E acho que o sábado também me ajudou a não entrar em estafa, assim como não tomar café”, diz.
O jovem alcançou o primeiro lugar no vestibular de medicina da Universidade de Brasília. A lista foi divulgada na semana passada. Polveiro frequenta a Igreja Adventista do Sétimo Dia desde meados de 2016. Mesmo sem conhecer os oito remédios naturais apresentados pela Igreja (água, luz solar, descanso, temperança, alimentação saudável, ar puro, exercícios físicos e confiança em Deus), ele já os praticava por ter pais nutricionistas e admite que isso o ajudou no período de estudo intenso.
Por alguns momentos, Polveiro percebeu que estava um pouco atrasado no conteúdo em relação a seus colegas de cursinho, mas nunca deixou de confiar na vontade de Deus. “Você tem que compensar o que você não estuda nos sábados, nos dias de semana, isso é um fato. Mas Deus tem planos maiores do que nós conseguimos entender. Até mesmo se você não passou porque não estudou no sábado, isso é para a glória de Deus. Por exemplo, meus veteranos são muito bons, se eu tivesse entrado antes, eu não os teria. E tem uma coisa que Deus me disse durante o semestre: quando você vai correr no parque, se você pensar em tudo o que tem que correr, você vai achar que não vai dar conta e desanimar. Mas, se você focar só no próximo passo, fica mais fácil. Não se preocupe em fazer tudo, faça bem feito o que você faz”, conclui.
A história de Polveiro foi destaque na imprensa local. Confira a matéria no portal G1. [Equipe ASN, Pâmela Meireles]