Impacto Esperança revela o valor que um livro missionário pode carregar
Criatividade, empenho e coincidências mostram por que a esperança não pode ser deixada de lado
Pará ... [ASN] Nós vamos conhecer aqui histórias de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela esperança. Essa esperança chegou por meio dos livros missionários. Em 2017 o projeto Impacto Esperança completou 10 anos. Nesse período já foi possível ver os resultados desse trabalho que, muitas vezes, não conseguimos ver imediatamente. Ao todo, 22 milhões de livros saíram da Casa Publicadora Brasileira, onde são produzidos, para lares e pessoas que precisavam ler suas palavras.
O valor de oferecer mais do que se espera
“Um livro sempre é uma boa companhia”, declarou a jovem Ingride Morais que estava na recepção do consultório no Hospital Adventista de Belém (HAB) quando um livro especial chamou sua atenção: “Vi no revisteiro essa literatura que falava sobre esperança, então logo comecei a ler e amei a linguagem simples e acessível”. Assim como Ingride, cerca de duas mil pessoas circulam no Hospital Adventista de Belém diariamente. O objetivo é que todas elas tenham acesso ao livro “Em busca de Esperança”, de Ellen White. “Não queremos que ninguém saia daqui sem esperança”, explicou Jackson Freire, diretor administrativo do hospital. É que há 10 anos o HAB apoia e participa da campanha “Impacto Esperança”, um projeto da Igreja Adventista do Sétimo Dia que distribui milhares de livros sobre esperança a cada ano.
Desde do início do mês de maio os livros começaram a ser distribuídos aos clientes nas recepções e aos colaboradores, por meio do projeto de pequenos grupos, mas não parou por aí, o “Impacto Esperança” ganhou uma extensão no hospital: o projeto “Leitos de Esperança”, que já virou tradição. Na manhã de sábado, 27 de maio, os gestores do HAB e os membros da Igreja Adventista sediada no hospital, visitaram pacientes internados em mais de 150 leitos. Os pastores da Capelania do hospital também visitaram os pacientes internados em outro hospital particular da região. Há mais de 10 dias internado, seu Salomão Cruz foi um dos que recebeu a literatura. Ele tomava um banho de sol na praça central da instituição para ajudar na recuperação da força física, enquanto recebeu o livro para revigorar também sua força espiritual. Bastou olhar a capa e ele já confirmou o valor da esperança: “Ter esperança, isso é algo que não pode faltar na vida da gente”, ponderou.
Além do livro, os pacientes internados também receberam carinho, palavras de conforto e oração. E essas foram apenas uma das ações do “Impacto Esperança” na instituição. O projeto continua durante o ano, pois a meta é distribuir 40 mil livros em outros projetos sociais. Uma ação que leva esperança para quem realmente precisa, como declarou o senhor Neil Rocha. Ele recebeu o livro enquanto acompanhava a internação da sua esposa. “É um projeto muito importante, principalmente para quem está no hospital, porque a esperança reanima e ajuda também na recuperação, ainda mais porque traz uma palavra em nome de Deus”, concluiu.
O valor da esperança no momento de angústia
Era uma manhã de sábado, quando Janilete Borgea saía desesperada rumo à maternidade com uma das filhas prestes a ter um bebê e com princípio de eclampsia. No meio daquela confusão, ela foi abordada por um casal de amigos que lhes presenteou com o livro “Esperança Viva”, no dia do Impacto Esperança 2016. Apressadamente, ela o guardou na bolsa e agradeceu sem dar muita atenção, entrando em seguida no carro.
Após o parto da filha e a certificação de que tudo estava bem, Jane, como é mais conhecida, começou a tranquilizar-se. Ao abrir a bolsa, viu o livro e lembrou-se de que havia recebido ao sair de casa
e começou a folheá-lo. A leitura começou a ficar interessante quando Jane deparou-se com textos até então nunca estudados e que iam contra aquilo que havia aprendido e praticado há anos. A servidora pública de 56 anos era evangélica há sete anos e liderava um grupo de mulheres que se reuniam semanalmente para orar e estudar a Bíblia. Já em casa, ela então resolveu comparar os textos marcados no livro e estudar à luz da sua própria Bíblia.
Com o passar do tempo, Jane passou a tomar como verdade aquilo que estava estudando e num dado momento contou às suas lideradas o que estava aprendendo, especialmente sobre o sábado e o regime de saúde: “Eu disse que havia encontrado um novo caminho. Quem quisesse me acompanhar seria muito bem-vinda. Maria de Fátima veio comigo”, relembra.
Dias depois ela começou um estudo bíblico com o casal que a presenteou com o livro missionário, após algumas semanas passou a frequentar a Igreja Adventista e foi batizada juntamente com a amiga Maria de Fatima Rodrigues no mesmo dia e ocasião. “Depois que eu descobri essas verdades minha vida mudou muito para melhor. Às vezes a gente não dá importância às coisas, para mim aquele livro não tinha nenhuma importância, mas a partir do momento em que eu dei atenção a ele e busquei o que tinha dentro, tudo mudou”, conclui.
O valor da esperança quando as coisas vão mal
Gil Franco mora em Santarém, oeste do Pará, e há algum tempo vem observando a palavra “Esperança” por entre os programas da TV Novo Tempo. Mesmo sem contato direto com a igreja, deixou
que o conteúdo cristão fizesse parte de sua rotina. Em um determinado sábado tinha saído com a mãe para tomar um lanche, o tradicional Tacacá, iguaria típica da região norte, e no banco ao seu lado tinha um exemplar do livro Em Busca de Esperança. Rapidamente foi ao dono do estabelecimento e perguntou se poderia levar. No entanto, o homem negou o pedido, justificando que o dono poderia voltar para buscar.
Desanimado, voltou para sua casa e seguiu sua rotina. Mas algo o incomodava. Ele precisava daquele livro. No sábado seguinte, o último dia 27 de maio, duas moças pararam em seu portão e oferecem aquele livro que já tinha visto na televisão e no estabelecimento da sua cidade. “Quando eu olhei, corri e bati na janela para chamar a minha mãe.” Ele completa dizendo ainda que quando reparou que tinha ganhado dois exemplares, percebeu a ação de Deus em sua vida. “Quando eu cheguei em casa e que consegui encontrar esse livro na minha mão, eu acho que Deus queria que eu recebesse esse livro para eu entender que sem esperança a gente não é nada” conclui.
O contexto da vida de Gil nesse momento era o seguinte: desempregado e sem perspectiva. Agora, conhecedor da Igreja Adventista, tomou a primeira decisão. Saiu de casa e aceitou ao convite que chegou junto com o livro missionário, participar da Feira de Saúde.
O valor da oração
Era o último livro de Vanessa e Pedro. Já haviam passado aquela manhã de sábado do ano de 2012 entregando de presente o livro "A Grande Esperança" para as pessoas da comunidade de São Luis, capital do Maranhão. Foi então que chegaram na casa da senhora Iranilva Lopes.
Neste dia, ela estava muito angustiada, já havia chorado, pedindo a Deus que lhe mostrasse qual era a verdade. Chegou a comprar um livro de concordância bíblica e estudar a Bíblia por conta própria. Não sentia paz, pois, mesmo frequentando uma igreja, fazendo parte de um grupo de oração, sentia um vazio no seu coração. Por isso, naquela manhã demorou pra atender à porta. Vanessa e Pedro pensaram que não havia ninguém.
Finalmente, dona Iranilva atendeu o interfone e ouviu: “Este é um presente para você”, disseram os missionários. Ela recebeu o livro, meio assustada, agradeceu e depois começou a ler. Ao comparar com a bíblia, viu que seguia as mesmas verdades. Resolveu procurar a igreja do livro: a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Três meses depois, se batizou.
“Hoje tenho paz!” é o que afirma. Iranilva faz parte da Igreja Adventista na Cidade Operaria, em São Luís do Maranhão. Agora, ela também leva esperança aos outros através dos livros, pois sabe que assim como fez diferença em sua vida, poderá fazer diferença na vida de outras pessoas. Este ano a Associação Maranhense levou a esperança através de 460 mil livros, entregues de diversas maneiras. Terminais de ônibus, de casa em casa, Feiras de Saúde e passeatas foram algumas das formas de compartilhar esperança.
O valor de um livro esquecido
Foi na sala de espera de uma clínica médica que o Matheus Nascimento encontrou o livro “A Grande Esperança”. Em fevereiro deste ano, durante exame de rotina, o funcionário público encontrou o livro, já bastante deteriorado, e começou a folhear. Logo se interessou pela história dos mineiros chilenos. A vontade de ler cresceu e ele conheceu a história da rebelião no Céu e soube o plano de salvação que Jesus Cristo preparou para os seres humanos.
Ele conta que guardou o livro como uma recordação e, mesmo depois que mudou de cidade, fez questão de pôr o livro na mala. “O livro A Grande Esperança mudou a minha vida. Querendo ou não, a fé do ser humano é muito fraca e eu não acreditava em muitas coisas. Já estava quase me tornando um alcoólatra e o livro me ajudou a sair daquele mundo ‘fictício’. Hoje tenho uma vida melhor. No momento que mais precisei de ajuda, encontrei o livro. Já estou fazendo estudo bíblico e decidi me batizar na Igreja Adventista do Sétimo Dia”, revela Matheus. [Equipe ASN, da redação]