Pessoas encontram no esporte e na fé caminho para vencer o tabaco
Conheça a história de quem mudou hábitos e adquiriu qualidade de vida
Imperatriz, MA... [ASN] O Dia Mundial sem tabaco é comemorado anualmente em 31 de maio, data instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há mais de 30 anos com o objetivo de alertar sobre as doenças e mortes em decorrência do tabagismo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil mais de 1 milhão de pessoas já morreram por causa do uso do cigarro. Dados divulgados em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) apontaram que 14,7% da população brasileira com 18 anos era fumante e residiam nas regiões Sul e Nordeste.
Dentre os fatores que induzem ao vício do cigarro está a convivência com fumantes, que na maioria dos casos começa na adolescência. No entanto, as campanhas anti-fumo têm aumentado e o trabalho de conscientização tem sido frequente e intenso.
A Igreja Adventista, que se preocupa com a saúde física, mental e espiritual das pessoas, oferece gratuitamente o curso Como Deixar de Fumar. Os que participam da atividade não precisam ser membros da denomincação. O curso é oferecido a toda a população e em cada região é ministrado em datas diferentes ao longo do ano.
Muitas pessoas conseguiram se livrar do vício dessa e de outras formas, e começaram uma nova vida, adquirindo novos hábitos alimentares e sociais. Veja algumas histórias de superação.
“Encontrei na corrida o prazer de viver”
A cabelereira Tereza Maria de Sousa fumou dos 19 aos 35 anos. Sua motivação para abandonar o vício foi o nascimento do seu primeiro neto. “É aquele ditado: o que você não quer pra você, também não quer para os outros. Eu não podia matar meu neto”, relembra. Ela encontrou na corrida uma solução para recobrar a saúde.
A atleta conta que pesquisou na internet o que poderia fazer para limpar o pulmão e descobriu que caminhar é o esporte ideal. Após alguns meses, foi convidada a se juntar a um grupo de corredores da cidade e hoje coleciona medalhas e troféus. A corredora associa o abandono do vício a três coisas: força de vontade, motivação e a fé.
“Comecei a fumar por influência dos amigos”
“A única que não fumava no grupo era eu, e isso fazia eu me sentir deslocada. Eu achava bonito e por isso aprendi”, relata Tânia da Silva Sousa, que fumou por 15 anos. A vendedora de 46 anos diz que não recorreu a tratamentos para deixar o vício. O que a motivou foi sua aproximação com a Igreja Adventista.
“Eu sabia que Deus não queria aquilo pra mim. Meu esposo também fuma, não foi fácil. Eu dizia que não queria, mas dois dias depois voltava tudo de novo, até que um dia, após o quinto dia de abstinência, finalmente abandonei o cigarro”, confidencia. “Minha vida mudou. Não cheiro mal mais, tenho mais disposição e não me sinto cansada”, finaliza.
Fé aliada à espiritualidade
Maria Elói Sousa Pereira, de 62 anos, conta que começou a fumar aos 12 anos por influencia do pai, que tinha uma plantação de fumo. Os anos foram passando e Maria percebia que sua saúde estava se esvaindo. Faltava-lhe o fôlego constantemente. Sua aparência e cheiro, relembra, eram desagradáveis. “Meus filhos contavam histórias feias e eu ficava com medo, mas não conseguia parar. Eu ia pra igreja e quando chegava, orava: ‘Senhor tira de mim essa vontade de fumar’”, relata.
Com muita insistência, a aposentada continuou fazendo suas oração, até que, após um mês sem cigarro, ela abandonou o vício de vez. Depois, se tornou membro da Igreja Adventista e hoje intercede por vários amigos para que também consigam vencer o vício. “Parei de fumar aos 50 anos. Eu acredito na oração. Minha irmã orou por mim durante 17 anos. Parei de tossir, de cheirar mal, minha pele melhorou e não senti mais cansaço”, sublinha. [Equipe ASN, Simone Joe]