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Jovens doam um ano de suas vidas para servirem como missionários na Amazônia

Em 2017 mais de mil jovens devem participar do projeto Um ano em Missão.


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Jessé Lemes, Ana Neves, Gabriela Santos e Wille Annies participam do projeto Um Ano em Missão e atualmente são missionários na Amazônia. (da esq. para dir.)

Curitiba, PR… [ASN] Já imaginou dedicar um ano da sua vida para servir a Deus de forma voluntária e em tempo integral? Esse tem sido o objetivo do projeto Um ano em Missão, incentivar e apoiar jovens adventistas a se doarem por um ano, cumprindo a missão deixada por Jesus Cristo a cada um dos seus filhos aqui na Terra. Nos últimos anos muitos jovens têm aberto mão dos seus sonhos e interesses pessoais para vivenciarem experiências impactantes, tanto culturais quanto espirituais.

Como missionária, Bruna pode viver a experiência de doar sangue pela primeira vez

Bruna Bueno(19), atualmente é estudante de música no Centro Universitário Adventista de São Paulo. Em 2016 a paranaense participou do projeto Um ano em Missão e foi lá que vivenciou experiências que marcaram para sempre sua vida. “De certa forma eu era fria em demonstrar amor para com o próximo, e durante esse período eu aprendi a ter um relacionamento mais profundo com Deus, e consequentemente meu relacionamento com as pessoas mudou”, relembra a estudante.

Na região central do Paraná, há cerca de três meses, quatro jovens - Wille, Gabriela, Jessé e Ana - embarcaram rumo ao interior da Amazônia a fim de dedicarem um ano de suas vidas ao serviço missionário.

Cirurgião-dentista, Wille Annies, abriu mão da cidade grande para atender comunidades ribeirinhas na Amazônia

“Trabalhar em uma cidade grande, com aquela correria atrás do sucesso, já não fazia mais sentido na minha vida. Faltava eu me doar mais para alguém, fazer algo para aquelas pessoas que ninguém costuma olhar. Deus me fez um chamado muito especial para vir para Amazônia”, comenta o cirurgião-dentista Wille Annies(23).

Em julho de 2016 a professora Gabriela Santos(29), participou de uma missão de curto prazo no interior da Amazônia, mais precisamente nas comunidades ribeirinhas. No entanto, ao retornar para sua cidade de origem e voltar à sua rotina diária, ela começou a sentir que nada mais fazia sentido, em seu coração faltava algo. Mesmo com medo e contra sua vontade, a jovem se inscreveu para participar do projeto Um ano em Missão.

“Cheguei a pensar que eu estava fugindo da minha realidade e de alguns traumas, mas esse projeto mudou a minha vida. Aqui minha comunhão com Deus teve uma mudança radical, a qual nunca imaginaria atingir”, ressalta a missionária.

Curitibano, Jessé Lemes logo se adaptou com a nova rotina de usar canoas ao invés de carros

Jessé Lemes(32), que também faz parte do grupo de missionários na Amazônia, conta que sentia a necessidade de se dedicar em tempo integral para a causa de Deus, porém, tinha receio em não se adaptar à uma nova cultura, mas a realidade foi bem diferente. Quando questionado sobre como é participar de um projeto como esse, ele é categórico: “Tem sido maravilhoso viver em uma cultura diferente da minha, são muitos milagres presenciados e logo a gente acostuma com a nova rotina. ”

Durante o período em que os jovens missionários atuam nas comunidades, eles realizam projetos sociais, buscam suprir as necessidades básicas dos moradores locais, desde orientações de higiene, saúde, alimentação e saneamento básico. Mas, ao mesmo tempo, eles levam uma mensagem de conforto e esperança para essas pessoas que vivem em condições precárias, e por meio da fundação de novas igrejas e grupos, o evangelho é disseminado por esses missionários que vivem para espalhar o amor de Jesus nos locais mais improváveis.

Aos 18 anos, Ana Neves vive a experiência mais marcante de sua vida

De acordo com a participante mais nova da equipe, Ana Neves(18), esse projeto tem mudado suas prioridades. “Sinto que estou mais perto de Deus a cada dia, creio que as experiências mais incríveis da nossa vida serão vividas na missão. Nosso amor por Cristo cresce de uma forma indescritível e então nos tornamos verdadeiros cristãos. Esse projeto nos muda de maneira surpreendente, e eu estou muito feliz por trabalhar em tempo integral para obra de Deus”, assegura Ana.

Para o pastor e líder dos jovens adventistas na região central do Paraná, Tiago Santos, quando um jovem retorna de um projeto missionário com maior duração, ele tem seus horizontes expandidos em vários aspectos, mas principalmente quanto ao propósito de Deus para a sua existência.

“Alguns descobrem na missão um chamado de tempo integral para

Gabriela Santos, professora que ensina em salas de aulas, hoje aprende lições para vida

toda a vida, já outros percebem que podem ser missionários no dia a dia, enquanto realizam suas atividades acadêmicas, profissionais, hobbies, etc. Independente de qual seja a percepção, vemos que o impacto que esse projeto causa em um jovem o acompanha por toda a vida”, destaca Santos.

“Hoje a graça me basta, a paz e alegria que sinto é indescritível. Eu só quero que todos que por mim passarem desfrutem desse sentimento real e verdadeiro. Tudo o que quero é ver meu Jesus voltar, e voltar logo, e por meio desse projeto vejo esse desejo sendo colocado em prática”, conclui Gabriela.

Em 2017 mais de mil jovens da Divisão Sul Americana, que atende Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Bolívia, Peru e Equador, devem participar do projeto Um ano em Missão, cuja a finalidade é despertar no coração de cada participante o senso de missão, não importando a profissão ou área de atuação. [Equipe ASN, Luciene Bonfim]