Arusha, Tanzânia… [ASN] Mulheres das comunidades rurais de toda a região da África Centro-Oriental estão agora mais perto de se tornarem especialistas na arte do cultivo de vegetais e do evangelismo depois de participarem de um treinamento realizado em março em Urusha, na Tanzânia.

Oferecido pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) África, em parceria com o departamento do Ministério da Mulher da Divisão Africana Centro-Oriental (Daco), sede adventista para toda a localidade, a proposta foi levar formas de equipar as alunas com capacidades essenciais para a autossuficiência e a erradicação da pobreza em suas comunidades rurais.

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“Vegetais são necessários em todas as partes”, explicou Debbie Maloba, diretora do Ministério da Mulher da Daco. “Ao cultivá-los, as mulheres poderão vendê-los e conseguir dinheiro [...] contribuindo assim para o crescimento financeiro da igreja e da comunidade”, enfatiza.

Ao mesmo tempo, elas aprenderam a usar o cultivo de produtos como uma forma de se conectar e estabelecer a confiança em suas comunidades. “Praticar o evangelismo vegetal é uma boa forma de mudar a vida não apenas dos não crentes, mas também dos membros da igreja”, pontua Zivayi Nengomasha, diretor de programas e planejamento da ADRA África. “Muitas pessoas carecem de conhecimento a respeito de como se alimentarem de forma saudável e cuidar do corpo.”

Oportunidade

Usando as ideias do livro A Ciência do Bom Viver, de Ellen G. White, cofundadora da Igreja Adventista do Sétimo Dia, o director-executivo da ADRA África, Tayo Odeyemi, disse que a Igreja não deveria ser indiferente ao sofrimento humano e sugeriu que os membros deveriam desenvolver diferentes capacidades para satisfazer as várias necessidades práticas das suas respectivas comunidades.

“Ele ensina a boa gestão para filhos e pais”, reforça Tayo, ao explicar o papel do evangelismo vegetal. “Possibilita relacionamentos saudáveis na comunidade, abrindo assim o coração das pessoas a convites posteriores para aceitarem o evangelho.”

Os líderes da Igreja apontam que a situação atual na região é alarmante. De acordo com as últimas estatísticas do Programa Mundial de Alimento das Nações Unidas, a África Subsaariana tem a mais elevada predominância de fome. Uma em cada três pessoas é subnutrida ou desnutrida.

Os organizadores acreditam que as mulheres que participaram do treinamento do evangelismo vegetal, em Arusha, estão prontas para compartilhar e implementar as capacidades que aprenderam e ajudar a fazer uma importante diferença em seus territórios. Debbie Maloba já está fazendo planos para o próximo evento de treinamento, que ocorrerá em maio de 2017, em Kitui, Quênia. [Equipe ANN, Prince Bahati e Gideon Msambwa]