Alunos jogam esportes adaptados e recebem atleta paralímpico na escola
A experiência aconteceu no Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro e envolveu estudantes de 6º ano ao Ensino Médio.
Curitiba, PR...[ASN] Os jogos paralímpicos já passaram, mas a lição de superação permanece. Durante esta semana, os alunos do Colégio Curitibano Adventista Bom Retiro(CCABR) estão tendo uma experiência esportiva diferenciada nas aulas de Educação Física. A iniciativa propõe que os adolescentes conheçam, na teoria e na prática, modalidades adaptadas para pessoas com deficiência física como o goalball, esgrima em cadeira de rodas e vôlei sentado.
“A ideia principal é que eles vivenciem esportes que não são tão conhecidos e nem tão divulgados pela mídia. Acredito que isso vai ampliar o conhecimento deles e vão entender que o esporte é para todos, que a deficiência não é uma doença e que a vida não parou ali”, comenta a professora de Educação Física, Franciele Gomez.
Sandro é paratleta de esgrima em cadeira de rodas há 6 anos, e esteve representando o Brasil nos jogos paralímpicos Rio 2016. Devido a um acidente há 17 anos, quando uma parede caiu sobre si, o esporte, visto como um hobby, acabou se tornando a forma de reabilitá-lo depois do ocorrido. Convidado pelo colégio, Sandro explicou aos alunos um pouco da modalidade e também de sua história de vida.
“Esgrima não é um esporte tão conhecido e ainda mais falando de esgrima em cadeira de rodas no movimento paralímpico. A gente agradece essa oportunidade de falar da minha história, de quebrar os paradigmas de que deficientes são pessoas doentes, sendo que eu não tenho nenhuma doença, tenho uma limitação. Então é fundamental para que os alunos tenham o contato com a gente, conheça a nossa modalidade e sirva de inspiração para eles praticarem esporte”, diz o paratleta que também já se dedicou ao basquete e ao vôlei sentado.
Depois das explicações, chegou a hora da ação. João Gabriel Moraes praticou esgrima. Com todos os aparatos necessários, o aluno confrontou Sandro. Mesmo com a dificuldade, a experiência valeu a pena. “Eu achei difícil, porque a espada é pesada. É um esporte muito diferente que eu só conhecia pela televisão. Acho que é uma superação para a própria pessoa”, declara.
Julie Silva arriscou no vôlei sentado. A garota já pratica o esporte, mas da forma adaptada foi a primeira vez. “Eu nunca tinha jogado alguma coisa sentada, para mim foi muito legal e bem diferente. É bem difícil, mas gostei bastante”, conclui. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]