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Segundo vítima, resiliência é chave para a cura do câncer de mama

Lucineia Amaral superou a doença graças à sua vontade de viver


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Lucineia do Amaral ao lado de seu esposo após ser curada do câncer de mama.

Lucineia Amaral ao lado de seu esposo após ser curada do câncer de mama.

Artur Nogueira, SP... [ASN] Quando se tem uma doença grave, a resiliência se apresenta como uma aliada na cura. Na vida dona de casa Lucineia Amaral, de 45 anos, essa qualidade sempre foi sua companheira de lutas e vitórias. Vítima de um câncer na mama, a paulista conta que duas coisas a ajudaram no processo da cura. No entanto, o mais importante foi ser forte e nunca desanimar, apesar de tudo. Conheça um pouco de sua história na entrevista concedida à Agência Adventista Sul-americana de Notícias.

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Agência Adventista Sul-americana de Notícias: Como você descobriu a doença?

Lucineia Amaral: Foi em meados de 2014 e 2015. Estava em casa, fazendo o autoexame. Ao me tocar nos seios, senti o pequeno nódulo, do tamanho de um grão de feijão. Logo percebi que havia algo errado, pois não era um caroço comum. Procurei o Sistema Único de Saúde (SUS) do meu bairro e, ao ser atendida, fui informada pela médica que minhas suspeitas não passavam de mera ilusão. Não me conformei com a posição dela e decidi pagar por exames particulares em busca de alguma resposta. Finalmente, depois de muitos exames e consultas com ginecologistas e mastologistas, descobri em janeiro de 2015 que eu tinha um tumor maligno na mama. Foi uma notícia terrível, é claro, mas preferi encarrar tudo com muita garra e ir em busca da cura.

ASN: O que você fez após descobrir a doença?

Lucineia: No mesmo dia em que foi constatado a presença do câncer, o médico me perguntou se eu preferia fazer o tratamento químico ou a cirurgia de retirada da mama. Pensei que se eu optasse pela retirada da mama, logo me veria livre da doença e também não iria precisar fazer quimioterapia e nem perder meus cabelos. No entanto, as coisas não saíram como planejado. Meu câncer estava no grau 2 – numa escala de 0 a 5 –, por isso, precisava correr em busca da cura o mais rápido possível. Então, assim que saí da sala do médico, fui levada à quimioterapia. Comecei o meu tratamento, que durou 16 sessões. Foi durante a quimioterapia que os médicos perceberam o avanço do câncer. Logo após a descoberta, o tumor tinha evoluído para 5 centímetros.

ASN: O que aconteceu com o seu corpo durante a quimioterapia?

Lucineia: Foi muito duro passar pela quimioterapia. Logo na segunda semana de tratamento, meus cabelos caíram. Pouco tempo depois, perdi um dente. As minhas 20 unhas caíram e eu envelheci mais que a minha mãe, que já era uma idosa. Eu tinha aparência de uma mulher de 60 anos. Passar pela quimioterapia é muito dolorido no sentido físico e psicológico, principalmente por causa da autoestima. Sofria muito ao olhar no espelho. Depois entendi que eu precisava aceitar e lutar, só assim iria superar a doença.

ASN: Você teve alguma surpresa durante o tratamento?

Lucineia: Mesmo com a quimioterapia, o médico disse que eu precisava passar pela cirurgia de retirada da mama, pois o tecido mamário estava todo comprometido. Ou seja, além do tratamento químico, também precisei passar pela cirurgia. Por isso, sinceramente, eu não esperava, mas aceitei porque só assim me veria livre definitivamente da doença.

ASN: Quando, finalmente, você foi curada?

Lucineia: Em agosto de 2015 recebi a notícia de que havia sido completamente curada do câncer de mama. Foi uma notícia maravilhosa e que só me mostrou o poder de Deus ao curar minha doença e ao capacitar médicos para me ajudar.

ASN: Depois de passar pela doença, o que você considera essencial na cura?

Lucineia: Primeiro de tudo, Deus, pois sem Ele nada é possível. Abaixo dEle, minha família, que me deu muito apoio emocional. Devo muito ao meu marido e filhos por terem sido tão companheiros. E, finalmente, aos médicos, que me salvaram e me orientaram em relação a todos os processos médicos. Tudo isso junto foi essencial na minha cura. Sobretudo, o mais importante de tudo é nunca desistir, mesmo quando uma doença como essa sobrevir. Decidi lutar pela minha vida e hoje represento o milagre da cura. [Equipe ASN, Jhenifer Costa]