Brasília, DF... [ASN] Conquistar uma graduação sendo adventista do sétimo dia nem sempre é uma tarefa fácil. Aulas, provas e apresentações de trabalhos aos sábados são situações recorrentes na vida acadêmica dos universitários. Com Paulo Roberto de Carvalho, de 23 anos, não foi diferente. Mesmo diante dos desafios, o estudante de Ciências Contábeis recentemente conquistou um prêmio importante para a Universidade de Brasília (UnB).

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O aluno aproveitou o gosto pela auditoria independente para tratar sobre o tema em seu Trabalho de Conclusão de Curso. Incentivado por seu orientador a inscrevê-lo na 5ª edição do Prêmio Transparência Universitário, promovido pelo Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Carvalho sabia das dificuldades de ser o primeiro colocado, pois outras pessoas de todo o País haviam inscrito suas pesquisas.

No entanto, ele não esperava que após um ano de intensa produção seria o vencedor da premiação. Sob orientação do professor José Alves Dantas, o trabalho “Relação entre a Remuneração dos Auditores e a Estrutura de Governança Corporativa das Companhias Auditadas” conferiu à  UnB um reconhecimento inédito.

Morador de Santo Antônio do Descoberto, em Goiás, Carvalho viajou a São Paulo para receber a premiação na 6ª Conferência de Contabilidade e Auditoria Independente do Ibracon nos dias 13 e 14 de junho. E no fim de setembro teve a oportunidade de conhecer Londres, capital da Inglaterra. “Lá  participei de reuniões com autoridades mundiais de contabilidade - diretores e conselheiros do International Accounting Standards Board (Iasb) - responsáveis pelas normas internacionais da área. E também fiz muitos passeios divertidos pela cidade”, conta.

“No decorrer do curso tive algumas provas e aulas aos sábados, mas Deus sempre deu um jeito. Em nenhuma dessas situações transgredi meus princípios. Estava disposto a perder as provas e o TCC se fosse preciso”, afirma Carvalho. Felizmente, o estudante não teve grandes problemas com as orientações, pois Dantas foi compreensivo. O professor afirma que por ter orientado outros alunos adventistas sabia da impossibilidade de os encontros acontecerem na sexta-feira à noite e sempre respeitou isso. É a primeira vez que o orientador recebe uma premiação como essa. “É um incentivo para nossos alunos”, diz.

Paulo se sente feliz e grato pela oportunidade que teve.  “Tenho certeza que Deus está por trás dessas conquistas. Vale a pena ser fiel em todos os aspectos. Ao conviver com as autoridades internacionais percebi um ambiente sofisticado, comidas diferentes, roupas caras, etc. Mas tive a sensação de que nada disso faz sentido sem Deus”, conclui.  [Equipe ASN, Pâmela Meireles]