Alunos fazem campanha para ajudar criança com doença rara
Educação Adventista no Amazonas abraçou a causa e ajudou a alavancar doações para procedimento cirúrgico
Manaus, AM… [ASN] A pequena Heshilley Maria Alves Moreira tem apenas três anos e sofre de uma doença rara chamada Ictiose subglotica congênita, que provoca o fechamento das vias aéreas e também impede a garotinha de falar. Desde o nascimento, Heshilley luta para viver. A família veio de Altamira, no Pará, para tentar melhores recursos no Amazonas, após não conseguir que o Estado do Pará custeasse a cirurgia. O procedimento cirúrgico é realizado gratuitamente pelo SUS, mas apenas a partir dos 12 anos. Porém, os pais explicam que nessa idade Heshilley correria o risco de não conseguir falar.
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Com o objetivo de mudar a realidade da filha, Avanir e Carlos começaram uma campanha no mês de julho desse ano. Ao assistir uma matéria sobre Heshilley em uma emissora local, o diretor geral da Rede de Educação Adventista na região, Souneivaldo Macedo, sentiu vontade de ajudar. “Fiquei sensibilizado e tive a ideia de levar a campanha para os alunos e toda a rede educacional na região”, explicou Macedo. No mês de agosto, o projeto foi abraçado pela Rede de Educação Adventista na região norte e centro-oeste do Amazonas e aconteceu também pelas redes sociais, com a hashtag #Heshilleyquerviver. Além da contribuição pessoal, os estudantes foram incentivados a buscar recursos com vizinhos, amigos e familiares.
Na noite do dia 25 o valor arrecadado durante a campanha foi entregue aos pais. Para o presidente da Igreja Adventista na localidade, pastor Sérgio Alan, este tipo de campanha motiva as crianças a serem mais generosas. “Elas se colocam no lugar de quem sofre e são estimuladas a fazer outras ações como essa no futuro”, destacou. Para a emoção do público presente e dos pais, que aguardavam com ansiedade a contagem do valor, foi um momento emocionante ao atingir a quantia esperada.
O procedimento cirúrgico acontecerá em Curitiba, no Paraná, com previsão para o final de setembro. Com o valor arrecadado, a cirurgia será paga e também ajudará a família a comprar os medicamentos que Heshilley precisará tomar. Para Maria Alves da Conceição, tia da menina, que acompanhou todo o processo e luta dos pais, foi gratificante ver o resultado da campanha. “Me sinto muito feliz e com a sensação de dever cumprido”, expressa Maria. [Equipe ASN, Priscila Baracho]