Ex-presidiário esperou liberdade para ser batizado
Após contato com o livro O Grande Conflito no presídio, Aloisio Aimi estudou a bíblia em folhas de papel higiênico e decidiu se tornar membro da igreja adventista.
Cascavel, PR... [ASN] Filho de mãe evangélica, Aloisio Aimi aprendeu os ensinamentos bíblicos, mas nunca simpatizou com a prática de nenhuma religião. Viveu a maior parte de seus dias envolvido com crimes e drogas. “Tudo aquilo que o mundo oferece, eu agarrei com as duas mãos”, conta Aimi.
Leia também:
Mas foi na prisão que Aloisio encontrou liberdade. Após ser encarcerado, um jovem foi transferido para sua cela. “No início eu não quis me soltar com ele, porque vi que ele era diferente. Eu via o rapaz orando e ficava curioso”, explica Aimi que ao questionar a religião do rapaz, descobriu que ele era um adventista do sétimo dia. “Quando ele me falou que era adventista, perguntei se era uma seita, porque era isso que eu pensava. Ele me disse que não e que me daria um livro para eu tirar minhas próprias conclusões”.
Para que Aimi pudesse entender mais sobre a religião, o jovem lhe deu o livro O Grande Conflito. Além da leitura do livro, os dois estudavam a Bíblia durante as madrugadas. “Lá dentro não podia ter folha de papel, então nós escrevíamos tudo no papel higiênico”, conta.
Pouco tempo depois, o jovem chegou ao fim de sua pena e Aimi foi transferido para a unidade prisional de Cruzeiro d’Oeste. Unidade a qual recebeu a instalação de televisões nas celas. Aimi conta que no dia em que sua cela ficava responsável pelo controle de canais, ele sintonizava na TV Novo Tempo, “era 24 horas de Novo Tempo no ar!”.
Com o fim de sua sentença se aproximando, Aimi cumpriu dois meses em regime aberto, tempo em que usou a tornozeleira e continuou a estudar a Bíblia em casa, pois não podia se afastar de sua residência para ir até uma igreja. “Nesse tempo eu fiquei assistindo a Novo Tempo no celular, aí mostrei para a minha mãe, minhas irmãs. Já está todo mundo evangelizado lá em casa!”.
Hoje, Aloisio Aimi é um membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele procurou uma igreja no mês de julho e se batizou no dia 6 de agosto. “O agir de Deus na minha vida foi maravilhoso. Apesar dessa pessoa repugnante que eu fui, Ele teve compaixão de me tirar das trevas e me trazer para a luz. E eu quero ajudar na obra dEle. Vou continuar trabalhando para buscar aquelas pessoas que ainda estão onde eu estive” finaliza. [Equipe ASN, Juliana Muniz]