Voluntários impactam bairro de Curitiba com ações do bem deixadas na madrugada
Os participantes fazem parte do movimento Bem pelo bem. O objetivo maior é de evangelização no bairro São Francisco.
Curitiba, PR...[ASN] Ao cair da noite, um grupo se prepara para uma missão especial. Depois de horas de dedicação com os preparativos, chegou o momento de agir. Na madrugada de domingo (10) para segunda-feira, o bairro São Francisco, em Curitiba, recebeu uma visita diferente. Enquanto a vizinhança dormia, jovens da Igreja Adventista Central de Curitiba espalhavam o bem pelas redondezas em forma de gestos simples que seriam descobertos ao nascer do dia.
Os voluntários fazem parte do movimento Bem pelo bem, iniciado recentemente, com a ideia de criar pequenas ações para ajudar o próximo sem esperar nada em troca. A ação da madrugada que foi chamada de Dia B - alusão ao conhecido dia D, mas usando a letra B de bem – representou o começo de outras atividades que virão com esse mesmo intuito.
“Esse projeto é baseado numa ideia americana de fazer o bem ao próximo sem nenhum objetivo direto. Mas nosso objetivo final é evangelização, só que da maneira mais sincera possível, que é realmente criando amigos e ajudando pessoas no bairro”, conta Neuraci da Silva, organizadora do movimento.
Divididos em grupos menores, os jovens percorreram as ruas do bairro deixando vasinhos de flores nas portas dos comércios; pirulitos nas residências e 350 balões com bombons espalhados na Praça do Gaúcho. Os itens eram acompanhados de cartõezinhos com um recado carinhoso e o incentivo para que a pessoa levasse o bem adiante. Além disso, frases e a marca do projeto através da hashtag #bempelobem foram registradas com giz em vários pontos, já que o grupo baseará boa parte do movimento nas redes sociais.
Neuraci explica que a escolha do local se deu pelo fato da Igreja Central estar unindo suas forças para a implantação de uma igreja adventista no bairro São Francisco. A ideia é criar um relacionamento com os moradores antes de qualquer evangelismo. Por meio de uma pesquisa de campo realizada pelos jovens, descobriu-se que esse tipo de ação era o mais adequado para alcançar o bairro, já que a localidade é composta de pessoas de outra denominação, ateus e também agnósticos. Sendo assim, a abordagem convencional talvez não seria muito eficaz.
“A partir disso queremos fazer amizade com o bairro e, nós junto com os moradores, ajudarmos o bairro. E depois, por último, fazer o evangelismo propriamente dito. Mas até lá, eles já vão entender os nossos ideais, o amor de Deus, o que é ser igreja, porque eles vão entender o que Jesus sempre pregou antes de falar”, planeja Neuraci.
Em pouco tempo, o retorno já acontece. Pessoas impactadas parabenizaram a atitude e têm ajudado a divulgar e compartilhar o Bem pelo bem nas redes sociais, que são a base do contato e da divulgação do movimento. “É de pequenas atitudes assim que precisamos no nosso dia a dia. Para muitos pode só ter significado uma diversão, mas para outros pode ter sido um grande incentivo! Faça o bem sem olhar a quem”, escreve uma internauta em seu perfil no Facebook.
Outras ações estão por vir, com a intenção de envolver os moradores nessa onda do bem. “A ideia é ser algo grande que todo mundo possa fazer o bem pro outro, fazendo mais coisas diferentes a partir disso. Como por exemplo, fazer um aulão na praça, rodas de tricô com as idosas, não sei. Vamos fazer de tudo”, cita a organizadora.
No dia B, cerca de 60 pessoas estiveram envolvidas na ação que aconteceu das três às cinco horas da manhã. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin. Fotos: Jônatas Queiroz]
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