Congresso estimula adolescentes para vida além do virtual
Filmes, séries, desenhos e internet foram analisados de forma mais crítica no evento.
Curitiba, PR...[ASN] Atualmente, grande é a diversidade de entretenimento que os adolescentes têm à disposição. Filmes, livros, redes sociais, seriados prendem a atenção e tomam grande parte do tempo dessa moçada. Segundo um estudo divulgado pela Ericsson em 2015, os brasileiros passam mais de cinco horas por semana assistindo vídeos em serviços como Netflix. Sem contar o tempo na internet que ultrapassa nove horas diárias, de acordo com a agência internacional We Are Social. E para abordar melhor esses assuntos e poder alertar os adolescentes, no último sábado (7), aconteceu no Auditório Nepomuceno de Abru, em Curitiba, o Congresso Teen “Do Real ao Virtual”.
A intenção foi mostrar aos 950 participantes de que é preciso ter boas escolhas e fazer a diferença. “Hoje em dia, o adolescente anda muito no virtual, fora da realidade, do que está acontecendo. Acham que vivem muito bem atrás do computador, do WhatsApp, dos vídeos, do Facebook. Eles podem estar nesse mundo, mas precisam saber escolher e usar as ferramentas para testemunhar”, acredita a líder dos adolescentes no sul do Paraná, Julia Cardoso.
Além das músicas do quarteto Athus; interações comandadas pela dupla youtuber do canal Youtuned; orações e momentos de reflexão, a temática do encontro foi ganhou força nas palestras ministradas por Neila de Oliveira, que é editora da Lição da Escola Sabatina dos Adolescentes na Casa Publicadora Brasileira (CPB). Trazendo conteúdos atuais, ela alertou sobre os atrativos utilizados pela indústria do entretenimento, que muitas vezes escondem realidades que não são tão inocentes assim. Para o momento, Neila levou exemplos que normalmente estão inseridos na vida dos adolescentes. “Às vezes a gente mostra algum entretenimento, e depois mostra o que a Bíblia diz a respeito disso, e normalmente os adolescentes se surpreendem, porque muitas coisas são mascaradas, tão sutis que eles nem percebem. O desafio está aí: que os adolescentes percebam e não se deixem enganar”, declara Neila que também é editora dos livros de Ellen White na versão para jovens.
Mesmo diante de tanta distração, Neila acredita que é possível o adolescente ser firme em suas convicções e não ser influenciado por conteúdos nocivos. “Se os adolescentes entenderem, buscarem a Bíblia, e se nós (como líderes) cumprirmos esse papel também de mostrar a Bíblia para eles de forma correta, eles não vão ser enganados. O outro lado realmente é muito encantador, mas não leva a nada, porque é um lado que já está derrotado”, ressalta.
Anna Paula Fagundes, de 16 anos, admite que dedica parte do seu tempo a vídeos, redes sociais e séries. Para ela, o mundo virtual aparenta ser mais confortável que o real. Mas no congresso, a adolescente percebeu que é preciso mudar. “Quando estamos na internet lá é o nosso mundo. Temos uma certa intimidade com isso. Já no real, é mais difícil de interagir. Muitas vezes perco horas no Youtube, Netflix, essas coisas. A gente precisa se desconectar um pouco do virtual para conectar mais com Deus. Vou dedicar um pouco mais do meu tempo no celular pra Deus do que para coisas pessoais”, planeja. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin / Fotos: Mauro Jacoby]
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