Inovação precisa ser método diário e pessoal na transmissão do Evangelho
Instituições adventistas também devem estar atentos aos riscos de crises de imagem.
Jacareí, SP… [ASN] Muito valorizada, mas pouco buscada, a criatividade é hoje um dos principais ingredientes para fazer a diferença nas diferentes áreas. Se muitos passam uma vida inteira fazendo os mesmos processos para alcançar os mesmos resultados, quem utiliza a capacidade criativa para fazer a mesma tarefa de forma diferente ganha destaque e potencial em suas ações.
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Durante o segundo dia da palestras na edição sul-americana do Global Adventist Internet Networking (GAiN) deste ano, que acontece na Rede Novo Tempo de Comunicação, em Jacareí (SP), o assunto da criatividade foi o ponto alto do programa com a exposição do tecnólogo e diretor da empresa Fábrica de Criatividade, Denilson Shikako. Ele abriu a programação da quinta-feira, 14, e ressaltou que ser criativo é, mais do nunca, uma necessidade para os profissionais da comunicação.
“A grande questão em ser criativo é tangibilizar o que queremos, ou seja, tornar palpável a criatividade, que não necessariamente significa fazer algo grandioso, mas tornar diferente nossas atividades diárias”, esclarece Shikako. “É tornar os nossos processos melhores e sempre medir isso, porque quando medimos nossa capacidade forçamos nossa mente a continuar avançando.”
Denilson chamou a atenção para o fato de que ser criativo é uma capacidade que Deus deu a todos e não agir dessa forma significa até ser egoísta com esse presente. Como o cérebro é um órgão que se acostuma rapidamente com a zona de comodismo, até mesmo para não gastar energia, para se tornar uma pessoa criativa o esforço pessoal precisa ser extra.
E quanto a esse processo da criatividade, o gerente de marketing digital da Igreja Adventista para a América do Sul, Carlos Magalhães, aponta que organização religiosa espera de cada um de seus profissionais e membros tenham a vontade de tornar a mensagem do amor a Deus dinâmica.
“Nós, enquanto instituição, estamos trabalhando em projetos de vídeos de realidade em 360º, um estudo bíblico do Apocalipse de realidade aumentada, games cristãos, entre outros, para alcançarmos os diferentes públicos”, esclarece Magalhães. Mas essa iniciativa do GAiN visa despertar em cada comunicador o desejo de mobilizar e criar diferentes estratégias pessoais de levar o Evangelho. Nós contamos com o potencial de cada um para tornar a mensagem bíblica relevante”.
Crises na Igreja
Ainda nesta quinta-feira, o gerenciamento de crises também foi tema para os comunicadores do congresso. O professor universitário Francisco Viana e a gestora em mídias sociais Patrícia Teixeira alertaram o grupo para a necessidade dos assessores da Igreja sempre manterem um bom relacionamento com a mídia e observar os casos mais sensíveis da organização que podem se tornar uma crise.
“A melhor forma de lidar com uma crise é prevenindo ela por meio da emissão de conteúdos teóricos para a comunidade e para a mídia. Uma outra forma é entender que os problemas são repetitivos, ou seja, se buscarmos conhecer mais de onde frequentamos e trabalhamos, será mais fácil identificar os riscos que eles correm”, aconselha Viana.
Uma das participantes que sentiu no seu dia a dia como o bom relacionamento com a mídia é essencial quando uma crise estoura foi a jornalista Pâmela Meireles, que trabalha como assessora em um dos escritórios administrativos da Igreja Adventista no Brasil.
“Se os jornalistas da imprensa e a comunidade conhecem o trabalho que a Igreja realiza semanalmente, uma proteção natural é criada em volta da nossa organização. Das vezes que eu passei por crises no meu trabalho, foi o bom relacionamento com esses órgãos que abriram o caminho do diálogo e dos esclarecimentos com os envolvidos”, justifica ela.
Para o gerente da Assessoria de Comunicação da Igreja Adventista em toda a América do Sul, Felipe Lemos, entender a identidade da Igreja e saber que cada pessoa representa uma organização mundial mostra a responsabilidade que temos diante desse assunto. “Tanto o assessor de comunicação da Igreja, que hoje representa um total de 50 profissionais distribuídos nos escritórios e instituições, quanto o fiel da igreja local, tem um papel importante no gerenciamento de uma crise”, destaca.
Lemos reforça que cabe a esse profissional identificar quais os pontos mais propensos a virar crise e buscar conhecimento dos conteúdos que a Igreja precisa transmitir. Já o fiel deve entender que ele é referência de pensamento e ações onde estiver, ou seja, representa na sua comunidade local uma organização mundial. “Quando uma crise é prevenida ou bem gerenciada, todos saem ganhando”, pontua Lemos.
O GAiN sul-americano 2016 acontece até o próximo domingo, 17, e a programação tem transmissão online pelo site: gain.adventistas.org [Equipe ASN, Mairon Hothon]