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Voluntários auxiliam atingidos pelas enchentes em Franco da Rocha

Ação Solidária Adventista (ASA) na cidade paulista beneficiou mais de 200 pessoas.


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Reginaldo cozinha em um fogão improvisado após perder móveis em enchente. (Foto/ Wallcley Rêner)

Reginaldo cozinha em um fogão improvisado após perder móveis em enchente (Foto: Wallcley Rêner)

São Paulo, SP... [ASN] Ao menos oito pessoas morreram vítimas de soterramento em Franco da Rocha na última enchente registrada no dia 11 de março deste ano. Reginaldo de Oliveira estava no quarto quando a casa começou a ser tomada pelo deslizamento de terra. “Era muita chuva, minha casa era metade de material e madeira. Quando coloquei a mão na parede, estava toda molhada. Logo senti o barro descendo, segurei a parede e gritei para minha esposa e netos saírem rápido dali”, conta.

Com parte da casa tomada pela água e lama, Oliveira passou quatro dias no abrigo que acolheu 300 desabrigados pela enchente no município. Hoje ele mora temporariamente em uma casa alugada, com benefício de R$400 da prefeitura e donativos de móveis, roupas e alimentos oriundos da comunidade.

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Silvana mostra marca que água deixou após ter invadido sua casa na madrugada de sexta-feira. (Foto/ Michelle Martins)

Silvana mostra marca que água deixou após ter invadido sua casa na madrugada de sexta-feira (Foto: Michelle Martins)

Ele não é o único que sofreu com as chuvas. Silvana Barbosa também teve a casa tomada pela água na madrugada de sexta-feira, 12. “Foi rápido. A chuva de quinta-feira foi muito intensa, a gente já estava vendo que ia acontecer alguma coisa, mas não imaginávamos que iria ser tão grave. Quando foi por volta da 00h00, a defesa civil avisou que tinham aberto as comportas da barragem. Então quando foi por 1h30, já estava tomado pela água. Então a gente não teve muito o que fazer”, lembra.

Nas paredes, ainda é possível ver as marcas da água barrenta que atingiu mais de 1,5 metro de altura. “A gente perdeu muita coisa, porque não dá para você correr em uma hora e meia e sair que nem uma louca levantando tudo ”, conta.

A moradora faz parte de é um dos casos que vive nessa situação há décadas, mas afirma que mudar de moradia para fugir das cheias está fora cogitação. “Eu tenho 44 anos e moro aqui desde os 2 anos. Você mora, você sabe do risco, mas a minha família mora toda aqui”, declara.

 

Entrega de donativos

A Ação Solidária Adventista (ASA) e o Ministério Jovem da igreja adventista na cidade aproveitaram o Dia Mundial do Jovem Adventista (19 de março) para entregar doações de água, roupas e cestas básicas para os atingidos pelas cheias. De acordo com o diretor da ASA local, Mauro Dantas, até o final de semana, mais de 200 pessoas já tinham sido auxiliadas.

Sobre continuar com o trabalho, o diretor afirma que ele não deve parar. “Eu acredito que o trabalho foi instituído por Jesus, e Ele chamou a cada um de nós para sermos itinerantes até sua volta”, conclui.

De acordo com o pastor da igreja, Ailton Alves, vários templos na região se tornaram polos de arrecadação de doações. A ASA da Associação Paulista Leste (sede administrativa da Igreja Adventista para o leste da cidade de São Paulo) enviou água para os desabrigados.

No sinaleiro

Jovens no sinaleiro aproveitam sinal vermelho para evangelizar (foto/ Rodrigo Silveira)

Jovens no sinaleiro aproveitam sinal vermelho para evangelizar (Foto/:Rodrigo Silveira)

A outra parte dos jovens se dirigiu ao sinaleiro nas ruas de Franco da Rocha. Com mensagens de compaixão e do amor de Cristo, eles colocaram suas camisetas do Geração 148 (G148) e enfrentaram o calor e o sol forte no período da tarde.

Porém, para a líder do grupo, Daniele Santos , o maior desafio não é o calor. “Há dificuldades. Primeiro eu acho que os atrativos que tem fora da igreja e depois disso, as diversas atividades que eles tem fora da igreja”, relata ao mencionar os obstáculos no ministério.

Entretanto, ela acredita que ações diferenciadas e práticas unidas a coletividade e amizade do grupo podem atrair os jovens para a evangelho.

Wilson Damasio, no sinaleiro, assumiu o papel de Jesus e levou a cruz representando o sacrifício que Ele fez pela humanidade. “A minha motivação é querer aprender o amor de Cristo, só na igreja eu não consigo aprender, embora nós tenhamos muitas coisas práticas dentro, é lá fora que a gente aprende e o coração fica sensibilizado em querer ser a mão, os pés e a voz de Cristo”, afirma.   [Equipe ASN, Michelle Martins]