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Acadêmica tranca curso e pede demissão para viver um ano como missionária

Jaqueline Martins tinha um bom trabalho, cursava o 6° período de Pedagogia em uma universidade no Mato Grosso do Sul e muitos projetos pessoais que tiveram que ficar de lado por um tempo, para que ela atendesse ao chamado de Deus para servir.


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Campo Grande, MS...[ASN] Já imaginou dar uma pausa por um tempo em tudo o que você está fazendo (faculdade, emprego, projetos pessoais, etc.), para dedicar-se exclusivamente ao trabalho missionário durante um ano em outra cidade/estado? Pois é. A cena parece assustadora para grande parte das pessoas. Mas há uma parcela de jovens determinada a cumprir o “IDE” de Jesus, não importando as circunstâncias em que se encontrem.

A estudante Jaqueline Martins: trancou a faculdade e deixou o emprego para atender ao chamado de servir.

A estudante Jaqueline Martins: trancou a faculdade e deixou o emprego para atender ao chamado de servir.

Esse é o caso da estudante Jaqueline Martins, de 26 anos. Ela tinha um bom trabalho, cursava o 6° período de Pedagogia em uma universidade no Mato Grosso do Sul e muitos projetos pessoais que tiveram que ficar de lado por um tempo. “Em abril de 2015 senti vontade de me informar sobre o projeto ‘Um Ano Em Missão’ e comentei o meu anseio pela missão com poucas pessoas. Nessa época, tinha um emprego em que grandes responsabilidades dependiam da minha função na empresa. Mas o chamado de Deus para minha vida estava falando cada vez mais alto ao meu coração e eu duvidava de mim, até entender que é Deus quem nos capacita”, comenta a jovem.

No mesmo mês ela decidiu trancar a faculdade, na esperança de levar a ideia de ser missionária adiante. “Meu chamado é inesquecível e sempre senti vontade de fazer parte da missão. Desde a minha infância dava estudos bíblicos e participava ativamente na igreja. Mas foi só no projeto Missão Calebe que descobri o sentimento inesquecível que é ser um instrumento nas mãos de Deus. Eu senti dentro do meu coração um desejo que me convidava, cada vez mais forte, até que chegou um momento em que era impossível negligenciar e fingir que não escutava”, conta.

Vida em missão

Quando questionada sobre o que significa ser um missionário, Jaqueline responde como quem entendeu que o chamado de Deus é algo que define uma vida, e não apenas um período dela. “A vida missionária não é um mês, um ano ou dois. Quando compreendemos que estamos aqui para servir e não para sermos servidos a essência em nosso coração muda e, consequentemente, as escolhas também. O amor de Deus preenche a nossa vida e a vontade de partilhar a mensagem é imensa”, resume.

Jaqueline abriu mão de todos os seus planos. Deu uma pausa na carreira, na vida acadêmica. Deixou sua cidade, família, amigos, igreja, tudo para um propósito que em seu coração, atualmente, é maior do que qualquer prioridade. “O desejo de ver Jesus voltar e de ver o sofrimento dessa terra chegando ao fim é o que me motiva a investir tudo que tenho e sou na missão. Sinto a responsabilidade de fazer algo mais abrangente e pensei na mensagem que cremos e na força que ela tem de salvar pessoas, de trazer alegria, conforto e confiança a tantas pessoas que necessitam. E se eu posso apressar a volta de Jesus, digo ‘eis-me aqui’”, reforça.

Hoje, Jaqueline vive uma temporada com outros jovens missionários do Brasil no Instituto Adventista Brasil Central (IABC), durante o treinamento para o ano missionário. Por lá a rotina é puxada, mas também de grande valor e aprendizado e, segundo ela conta, as horas dedicadas ao estudo da Bíblia e meditação ocupam a maior parte de seu tempo.

Jovens missionários de todo o Brasil. Juntos, eles dedicarão um ano de suas vidas ao trabalho missionário em diferentes regiões do país.

Jovens missionários de todo o Brasil. Juntos, eles dedicarão um ano de suas vidas ao trabalho missionário em diferentes regiões do país.

Sobre o futuro e o que fará após esse período dedicado à missão, ela continua colocando a fé em prática, assim como todo o caminho até aqui. “Acredito na providência divina para todos os aspectos da vida e compreendo que meus planos podem não ser os d’Ele. Mas se Ele me permitir desejo trabalhar em Sua causa quando retornar. Quero compartilhar o que aprendi e ajudar a minha igreja. Desejo também, no tempo de Deus, me casar (ela namora o gerente de Recursos Humanos, Kleber Alves, também adventista), quero liderar um Pequeno Grupo em minha casa e dar continuidade ao trabalho missionário”, finaliza. [Equipe ASN, Rebeca Silvestrin]

Foto: Jaqueline Martins.