Curitiba, PR…[ASN] É época de Natal. A cidade ganha muitos enfeites, o comércio fica movimentado e as famílias já se preparam para a reunião tradicional. Entretanto, os jovens da Igreja Adventista Central de São José dos Pinhais resolveram compartilhar esses momentos com aqueles que não têm essas mesmas oportunidades. Por isso, o grupo organizou uma ceia de Natal para os moradores de rua no dia 19 de dezembro.

Arroz à grega, lentilha, farofa, feijão, acompanhamentos e bebidas fizeram parte do cardápio da noite — tudo fruto de doações. A mesa montada no calçadão da Rua XV de Novembro, no centro de Curitiba, atraiu os moradores não apenas para uma alimentação, mas também para um pouco de atenção e carinho. Após o jantar, foram distribuídos panetones, kits de higiene pessoal, chinelos, mantas, meias e roupas íntimas. Tudo novo e embrulhado em papel de presente. Roupas seminovas também foram doadas pela Ação Solidária Adventista (ASA) local.

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Poliane Carvalho, líder jovem da igreja, destaca que, muito além da ajuda material, a intenção é dedicar tempo para os que necessitam. “Precisamos alimentá-los, mas a vida não depende só de saciar a sede, depende de amigos, companhia, fé para acreditar na mudança. Fomos até lá levar justamente isso, bater papo, saciar a fome e as necessidades básicas”, conta.

Os voluntários voltaram para casa carregando algumas lições. Na ceia, Frederyck Martin, um dos jovens, conheceu um homem de 40 anos chamado Fernando, que é formado em filosofia e administração, fala outros idiomas, já estudou em instituições adventistas, incluindo a Universidade Andrews, nos Estados Unidos, porém encontra-se na rua em decorrência do vício em bebidas e drogas. O ex-professor universitário contou a Martin e outros jovens um pouco de sua vida e também a respeito da Bíblia e de suas histórias.

Situações como essa causaram reflexão e também aprendizado. “Aprendi a valorizar mais os moradores de rua, pois cada um tem uma história. Somos iguais a eles. O que aconteceu com a vida do Fernando pode acontecer com qualquer um de nós. Temos que ter em mente que não somos melhores que ninguém e que precisamos ajudar a todos, independente da classe social”, afirma Martin.

A ação foi realizada pela primeira vez em 2014. Por conta da experiência positiva, o grupo repetiu a ideia neste ano, sendo uma forma também de encerrar as atividades do Ministério Jovem. “Não queríamos encerrar o ano apenas confraternizando e comendo, pois estamos aqui para mudar vidas, ajudar e servir. Foi nossa missão encerrar fazendo o bem”, conclui Poliane. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin]