São Paulo, SP...[ASN] Ao olhar para o templo, Nilce Borges mal pode acreditar que o relato que seu pai a fez há 40 anos se tornou realidade. Deus teria enviado alguém para financiar a construção da nova igreja. A história da Igreja Adventista de Guilhermina retrata uma comunidade unida que contou com a fé dos seus pioneiros para crescer.

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Tudo começa em 1965, quando o palestrante Pedro de Paula realizou uma semana evangelística na Sociedade Amigos da Vila Matilde. Dali os recém membros conversos se uniram no Pequeno Grupo para congregar. Seu Irineu de Oliveira, hoje de cadeira de rodas e com poucas lembranças, é a única testemunha viva do trabalho dos pioneiros desde a formação da igreja. Ele pôde estar presente na inauguração da antiga e nova estrutura.

Já o pai de Nilce, João Borges, falecido há alguns anos, foi representado pela filha. Ele também esteve no grupo que, em 1986, resolveu levantar os alicerces da primeira igreja no fundo do terreno localizado na rua Jordânia, nº 381.

“Eu ficava inconformada com o salãozinho de fundo de quintal. Perguntei para o meu pai, porque eles não construiriam a igreja na parte da frente do terreno? Ele disse que no momento não tinham dinheiro, mas que um dia se os membros não tivessem condições, Deus iria mandar um anjo para construir uma nova igreja”, recorda.

O anjo – A pessoa que os membros da Guilhermina consideram enviada por Deus é a adventista Agnes Bullentini. Ao visitar o “salãozinho” se sentiu comovida com a situação dos 60 membros, que dividiam espaço em um pequeno local de fundo de terreno. Decidiu que ao vender suas empresas, como gratidão, destinaria parte do recurso para a construção de um novo local de culto.

Em março de 2015, os membros foram realocados para uma acomodação alugada, e a igreja de fundo de quintal foi derrubada para uma nova ser construída na frente do lote, assim realizando o sonho dos pioneiros.

Foram sete meses em obras. No dia 05 de dezembro, a estrutura foi inaugurada.

Cerimônia de Inauguração- O novo templo é um investimento de aproximadamente R$ 1,3 milhão. A capacidade de alojamento é de 220 pessoas. Para o primeiro ancião Mario Monteiro, o desafio é manter o espaço sempre cheio. “Nós nos emocionamos muito nessa transição. O salãozinho era um lugar muito aconchegante, já essa igreja precisa estar sempre cheia para que possamos estar sempre perto um do outro como éramos na outra igreja. Lá nos ensinou a amar os nossos irmãos e a conhecer profundamente os problemas de cada um, e nos tornou uma família de Deus”, conta.

Já Agnes recebeu uma homenagem dos membros e visitantes na cerimônia e deixou seu desejo. “Eu gosto de ajudar a construir igrejas. Todas as pessoas devem ter uma casa de descanso. Eu espero que esse lugar seja um refúgio, um local que as pessoas encontrem esperança”, relata.

Durante o evento, o líder da Igreja Adventista para a região leste e norte da capital, Aguinaldo Guimarães, ressalta a relevância que os adventistas têm em zelar pelo templo e bem estar da comunidade. “É um local onde os membros vão encontrar amparo e sair para buscar aqueles que tanto necessitam de esperança e de salvação. Nós estamos felizes porque estamos inaugurando não apenas paredes, mas um local de esperança e salvação. Um farol de Cristo para a comunidade”, argumenta. 

Resultados no Céu - Quem esteve à frente da obra junto ao Departamento de Engenharia da Igreja foi o pastor local Jonas Pinho. Preste a se aposentar, ele ressalta que o resultado do esforço de Agnes, dos membros, e o seu próprio trabalho, só será visto totalmente no céu. “É uma alegria imensa. Eu deixo a igreja pronta, os resultados, outros vão colher até a volta de Jesus”, conclui. [Equipe ASN, Michelle Martins]