Semana Esperança Viva é fortalecida por evangelistas voluntários no Sul do Brasil
Através dos dons, voluntários lideraram programa Esperança Viva nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, integrados com outras áreas da Igreja.
Curitiba, PR... [ASN] Os meses que antecederam a Semana de Colheita Esperança Viva – evento que buscou selar o compromisso de interessados pelo estudo da Palavra de Deus – foram de preparo e de ações estratégicas no Sul do Brasil. A proposta de apoio deste ano esteve diretamente vinculada ao grupo de evangelistas voluntários, estabelecido a partir de uma escola lançada ao fim de 2014. Por meio destes voluntários, capacitados através de aulas teóricas, a Igreja Adventista nos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul teve seu envolvimento potencializado. Quem se dispôs a utilizar o dom da apresentação de assuntos bíblicos entre os dias 21 a 28 de novembro, também teve sua oportunidade – com apoio de aulas teóricas, materiais e acompanhamento direto dos pastores.
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No noroeste do Rio Grande do Sul, por exemplo, os evangelistas voluntários trabalharam em conjunto com instrutores bíblicos na apresentação dos temas diários, como por exemplo, a forma bíblica de ser batizado, o sábado – como dia separado por Deus para o descanso – e assuntos de vinculados ao futuro da humanidade. “Eles mesmos, juntamente com os pastores locais [e fiéis], estiveram fazendo todo o trabalho”, reforça o pastor Elieser Vargas, presidente da Igreja Adventista para a região noroeste do Estado. A influência do trabalho dos evangelistas e instrutores ainda deve fazer com que outras semanas da mesma natureza sejam realizadas em outros bairros, organizadas pelos membros das igrejas.
Em Santa Catarina, um empresário resolveu aceitar o desafio vindo do responsável pelo evangelismo em todo o centro-sul do Estado. O dom de apresentar a Palavra de Deus, descoberto por Gublio Silva, fez com que seis pessoas decidissem ser batizadas em Itajaí (SC). “De todas as pessoas que estão ouvindo a pregação, o maior beneficiado sou eu mesmo. A mensagem também serve para mim. É impressionante. E outra: grande oportunidade ver pessoas aceitando a Jesus e sendo batizadas”, conta o empresário, que foi apenas um entre as dezenas de voluntários que se dispuseram a liderar semanas evangelísticas em todo o Estado. Já em Blumenau, uma família inteira foi batizada por influência de um trabalho à longo prazo por um dos clubes de Desbravadores do município.
Por ser uma semana de colheita, as ações evangelísticas não são independentes. Elas acontecem de forma integrada com outras áreas da igreja, como por exemplo, àquela que diz respeito ao cultivo do relacionamento. O aspecto pode ser ilustrado por uma história ocorrida no município de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Um casal de adventistas, Roberto e Vera Monks, se mudou para o mesmo prédio de outra família, Martins, que, apesar de pertencer à outra denominação religiosa, se encontrava afastada do caminho da fé. Através da amizade, o casal Sandra e Fúlvio Martins, acompanhado da filha, Gabriela, foi, aos poucos, sendo conquistado. O ponto chave foi uma confraternização social conhecida como chá evangelístico – realizada pelo departamento da igreja que atende, em especial, às mulheres. Na ocasião, estudos bíblicos foram iniciados com eles, aliados à uma classe bíblica distinta, baseada no livro profético de Apocalipse. O conjunto das ações fez com que toda a família Martins fosse batizada na semana de colheita, na Igreja Adventista Central de Pelotas.
No Paraná, o inusitado também fez com que uma estudante de Agroecologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) conhecesse a igreja. Mesmo seguindo um movimento de filosofia holística, a jovem decidiu que iria passar seu aniversário dentro de um templo, em Morretes. Por não conhecer bem o local e nem mesmo muitas pessoas, ficou sem saber o que fazer. Porém, através de um sonho, Aline Lara constatou que devia ir até uma ponte no dia seguinte e apenas esperar para ver o que podia acontecer. Ali, um agricultor conhecido de Aline, passou rumo a uma Igreja Adventista. Curiosamente, ele havia pensado dias antes em convidá-la para assistir a um culto. Após aceitar o convite, Aline entrou em contato com os adventistas e, posteriormente, na cidade de Matinhos, descobriu que alguns colegas de faculdade – um deles, Jimi Amaral, que já havia feito parte do movimento holístico – eram fiéis ativos da igreja. “Esse fato de ter o Amaral e a Carol (sua colega também) foi muito importante para eu me reconhecer no espaço e me fortalecer nos estudos, porque são pessoas que eu já conhecia”, revela a jovem. Na semana Esperança Viva, a estudante selou sua decisão de caminhar através dos ensinos da Palavra de Deus.
Nem só dos mais novos, são caracterizados os batismos da semana de colheita. No Rio Grande do Sul, uma senhora de 94 anos decidiu manifestar o desejo de entrega em uma cerimônia pública de imersão. Nascida em 16 de julho de 1921, Leda Almansa Carlos – ou vó Ledinha, como costuma ser chamada – pertencia a outra denominação religiosa por 26 anos. O motivo que a fez reavaliar suas crenças se deu através de uma ferramenta criada pela Igreja que tornou a mensagem de salvação mais atrativa e prática às diferentes faixas etárias – a TV Novo Tempo. “Eu gostava de ver a TV Novo Tempo e depois, gostei de conhecer a igreja, frequentar os cultos”, conta Leda. Vale ressaltar que a visita a um templo adventista só foi feita após a senhora descobrir que sua cabelereira, Maria Esterli Cardoso, era adventista e frequentava o que Leda chamava de “igreja da Novo Tempo”. A amizade entre as duas resultou em um estudo bíblico, que reforçou ainda mais o que já havia assistido no canal, rendendo, inclusive, uma visita a igreja. A senhora Leda Almansa pôde ser batizada na noite de quinta-feira (27), em Cachoeira do Sul (RS).
Em Londrina (PR), as atividades se configuraram com a ida dos líderes dos diversos departamentos da Igreja aos 10 distritos do município. A ação de colocá-los à frente do evangelismo de colheita faz parte das estratégias do que foi intitulado pela sede administrativa adventista da região como Impacto Londrina. Já na região central do Paraná, pelo menos 200 voluntários estiveram envolvidos com semanas de colheita. [Equipe ASN, Willian Vieira, com colaboração de Douglas Pessoa, Bianca Lorini, Daniel Gonçalves, Paulo Ribeiro, Jéssica Guidolin, Andréia Silva, Wendy Almeida e Luciene Bonfim]