Campori Regional reúne 150 desbravadores
Os desbravadores participaram de diversas atividades, com o objetivo de conhecer mais sobre a história da Igreja Adventista.
Goiânia, GO... [ASN] Lazaro Neves é desbravador do Clube Quetzal, da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) do bairro Independência Mansões, Goiânia. Ele tem 16 anos e desde os nove anos participa dos Desbravadores. No último final de semana, 13 a 15 de novembro, ele esteve no Campori da 7ª Região do estado de Goiás, juntamente com cerca de 150 desbravadores.
De acordo com ele é muito bom estar no Campori. “Eu gosto porque eu aprendo muitas coisas e me aproximo mais de Deus.”
O objetivo do Campori Regional é justamente este, fazer com que os adolescentes e jovens conheçam sua história para assim, se aproximarem mais de Deus.
Como destaca a regional Meire Lucia da Cruz, responsável por seis Clubes da região de Goiânia e Aparecida, o Campori quer fazer com que os desbravadores relembrem sua história, desde os tempos bíblicos, onde tudo começa, até os pioneiros da Igreja Adventista.
“Somos herdeiros de uma história. Não podemos nos esquecer disso. A importância desse Campori é passar e firmar a nossa história na cabeça dos nossos adolescentes, para que quando eles se tornarem adultos continuem a levar o nome da nossa Igreja e principalmente o nome de Jesus por onde forem”, enfatiza Meire.
A intenção de firmar o conhecimento no coração dessas crianças foi consolidada através de diversas atividades relacionados ao tema “Conhecendo minha história”. Além das atividades corriqueiras dos desbravadores, como trilhas e sobrevivência em meio a natureza.
São acampamentos assim, que aumentam os alvos dos desbravadores e incentivam a concretizá-los. “Meu objetivo e sonho dentro do Clube é encher minha faixa de especialidades e um dia se tornar um regional”, almeja Lazaro.
Quatro Clubes de Desbravadores estiveram reunidos no Campori: Guerreiros da Paz, Sideral, Rosa dos Ventos e Quetzal.
Desafio
Dos quatro, o Clube mais novo é o Rosa dos Ventos. Com 4 anos de existência e 25 desbravadores, tem apenas 4 adventistas. Localizado em um bairro pobre da região metropolitana de Goiânia, é bem reconhecido pelos juvenis e adolescentes do local.
Entretanto, muitos desafios são enfrentados pela Igreja que, mesmo com apenas 40 pessoas, fazem o possível para manter o clube, como destaca a secretária do Clube Rosa dos Ventos, Cleide Martins.
“Os maiores desafios são financeiros mesmo, a maioria não tem boas condições financeiras e os pais muitas vezes não apoiam. Eles permitem que os filhos participem, mas financeiramente não podem ou não veem importância em colaborar. Todo evento que a gente faz, a liderança tem que se reunir e pagar tudo sozinha”, desabafa Cleide.
Apesar das dificuldades, Cleide não desiste do Clube. De acordo com ela, o que motiva a liderança a continuar é que eles sabem que a recompensa não é agora, mas no porvir.
“Talvez o futuro deles seja diferente, por eles estarem neste momento com a gente”, enfatiza.
Sete desbravadores do Clube Rosa dos Ventos, já entregaram suas vidas a Jesus, através do batismo, entre adolescentes e jovens. Um deles, inclusive, no último final de semana durante o Campori Regional.
“Isso é gratificante. Eles, na maioria das vezes, participam dos cultos na igreja também. Os pais deixam eles participarem. E, de alguma forma eles estão aprendendo", afirma Cleide.
Mesmo com poucas pessoas e condições financeiras, as atividades e alvos do clube não param. Eles já participaram do Campori Semeando Esperança, realizado pela sede administrativa da Igreja em Goiás (ABC), e também do Campori realizado pela União Centro- Oeste Brasileira (UCOB), sede da Igreja Adventista para o Centro-Oeste.
Agora querem se preparar financeiramente para o próximo Campori da Divisão Sul-Americana, sede administrativa da Igreja para toda a América do Sul, já que no anterior não foram, apesar de ter os requisitos necessários. [Equipe ASN, Jéssica Veloso]