Ação Solidária Adventista quer contar com mais envolvimento dos membros
Departamento desenvolve diversas iniciativas para auxiliar comunidade carente.
Brasília, DF... [ASN] Os templos adventistas espalhados em oito países da América do Sul dedicam este sábado, 1º de agosto, para ressaltar o trabalho que a Ação Solidária Adventista (ASA) tem desenvolvido em cada uma dessas localidades. O Dia da ASA, como é conhecido o programa, também vai apresentar os desafios e oportunidades do departamento e destacar a necessidade de envolvimento dos membros em ações de solidariedade e assistencialismo.
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“Não podemos falar em missão sem serviço em favor de nosso próximo, principalmente aqueles que mais necessitam”, sublinha o pastor Paulo Lopes, diretor da ASA na América do Sul. Ele avalia que o departamento é fundamental não apenas para chamar a atenção para a importância da solidariedade como marca da vida cristã, mas para proporcionar meios para que isso possa efetivamente ser posto em prática de forma organizada, além de constituir uma verdadeira atividade missionária.
O advogado Cézar Degraf conhece bem essa realidade. Ele está envolvido com a ASA há 21 anos como conselheiro do departamento na igreja adventista central de Brasília, no Distrito Federal. Embora o templo conte com aproximadamente mil membros, Degraf diz que 90% do que é arrecadado mensalmente é convertido em 100 cestas básicas que atendem pessoas que moram nas cidades satélites.
Esse novo modelo de distribuição começou há cerca de cinco anos, o que, segundo ele, tornou o trabalho muito mais efetivo. Os mantimentos, roupas e calçados são entregues a 10 igrejas, que distribuem de acordo com a demanda de cada região. Assim, de forma mais próxima, os membros de cada uma delas podem acompanhar a situação das famílias beneficiadas, realizar visitas e constatar de que outras maneiras será possível auxiliá-las, já que anteriormente as pessoas dessas outras localidades vinham até Brasília em busca de ajuda e os membros da igreja central não tinham condições de visitá-las periodicamente devido à distância geográfica.
Diversidade
Uma das formas encontradas por Degraf e sua equipe para conseguir recursos para a compra de mantimentos foi realizar a venda de pães e pizzas ao final dos programas jovens. Isso tem feito com que a congregação também ofereça uma atividade social para a família e seja um ponto de encontro para a juventude.
Mas além de ajudar a alimentar, a ASA em toda a América do Sul ainda promove campanhas de agasalho durante o inverno, campanhas junto a comunidades para prestar apoio jurídico, educação financeira, corte de cabelo, apoio psicológico e espiritual, dentre outros. O departamento realiza projetos de geração de renda, tais como artesanato, pintura em tecido, confecção de pães e bolos, curso de cabeleireiro e pedicure.
“Fazemos tudo isto com o objetivo de ajudar as pessoas a se ajudarem, não criando assim dependência em relação à ajuda da ASA”, reforça Lopes. “O mais importante para quem participa é a disposição de sair das quatro paredes da igreja e se misturar com as pessoas e procurar conhecer suas necessidades e depois supri-las da melhor maneira possível, ou seja, fazer exatamente como Jesus fazia.”
Outro modo de colaboração é a parceria com a Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) nas situações de catástrofes através da mobilização de voluntários e doações para apoiar na resposta a emergências. Com mais de 20 anos de existência, o Mutirão de Natal, principal projeto da ASA na América do Sul, arrecada todos os anos mais de cinco mil toneladas de alimentos que são doados para famílias carentes e instituições, tais como asilos, creches e orfanatos.
Desafios
Tanto Lopes quanto Degraf são unânimes ao classificar os desafios do departamento. O primeiro deles diz respeito ao envolvimento da igreja local nas atividades, principalmente os jovens. A segunda é ter uma equipe treinada e um espaço adequado para as atividades. E, por último, conscientizar os membros de que a prática da solidariedade e do serviço ao próximo não é um método de evangelização, mas sim um estilo de vida do cristão adventista como resultado de seu relacionamento com Cristo.
Apesar das dificuldades, Degraf se alegra com os frutos desse trabalho, que a cada ano aumentam. Ele destaca que sempre recebe relatos de famílias que decidiram estudar a Bíblia e se tornaram membros da Igreja Adventista porque receberam visitas e foram ajudadas a conseguir um emprego ou foram direcionadas a alguma profissão. “As pessoas acabam se sentindo acolhidas e com vontade de conhecer mais sobre o que acreditamos. E assim, além do pão físico, o pão espiritual também chega a elas”, pontua.
Para celebrar o Dia da ASA, compartilhe as imagens desta matéria e use as hashtags #ASA #AcaoSolidariaAdventista e #NossaMissaoeServir. [Equipe ASN, Jefferson Paradello]