Curitiba, PR... [ASN] A liberdade de escolher qual tipo de roupa vestir, ou quem sabe, ter acesso às peças desejadas, formam uma realidade que não faz parte da vida de muitas pessoas. Foi a partir deste sentimento de empatia que estudantes do Colégio Adventista Alto Boqueirão resolveram proporcionar às famílias carentes do bairro Tatuquara, em Curitiba, no último sábado (04), um dia de “compras” em uma loja solidária montada por eles mesmos.

Cada pessoa contemplada pela ação recebeu o valor fictício de 120 "solidaritos", dinheiro criado para ser utilizado na loja solidária. Como as unidades custavam apenas 10 "solidaritos", cada indivíduo teve a oportunidade de levar para casa, até doze peças, entre roupas e calçados.

Com o auxílio dos alunos que foram os vendedores, os beneficiados podiam escolher o que mais lhe agradavam. Fernanda de Oliveira gostou muito da iniciativa e pôde ficar tranquila por possuir, agora, peças adequadas para lidar com o frio rigoroso de Curitiba. “Achei muito bom! Muitas vezes não temos o dinheiro para comprar uma roupa de frio e essa solidariedade nos ajuda muito! Podemos levar as coisas do nosso gosto e do nosso tamanho”, elogia a moradora da região, que também separou roupas para o filho.

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O vice-diretor do colégio, André Pietruszhiski, explica que a cada ano, o colégio participa da Campanha do Agasalho, arrecadando roupas e repassando para uma entidade que faz a distribuição. Entretanto, os estudantes nunca tiveram contato direto com as famílias beneficiadas, daí, a ideia de fazê-los interagir com os carentes de forma mais explícita, o que foi uma uma lição, tanto para os alunos, quanto para as famílias. “Acho importante para o desenvolvimento social desses alunos se depararem com realidades de vida realmente difíceis, e por outro lado essas pessoas tiveram a chance de conhecer alunos que se importam com elas, não apenas com o que precisam, mas com o que elas sentem”, analisa o vice-diretor.

A loja montada na sede da organização não-governamental (ONG) Um Lugar ao Sol dividiu as mais de 3 mil e 500 peças arrecadadas por gênero e tamanho. Roupas, acessórios, cobertores e brinquedos também estavam à disposição da comunidade.

“A ideia é bem bacana para o nosso crescimento e também para continuarmos tendo essa atitude de vir até a comunidade e de doar. Nós estamos mostrando que não nos importamos com classe social ou coisas assim, mas sim que queremos o bem deles”, conta a aluna voluntária no projeto, Thaysa Bento, de 17 anos.

Ao final da ação, as roupas que restaram foram destinadas a mesma ONG que deve fazer a distribuição adequada para outras famílias. [Equipe ASN, Jéssica Guidolin / Imagens: Maicon Arrais]

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