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Igreja precisa de missionários para Janela 10/40

Forte ênfase na necessidade de missionários para região com pouca presença do cristianismo foi dada durante primeira noite de relatórios na Assembleia Mundial da Igreja.


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Trecartin apresentou os desafios de uma das regiões com baixa presença do cristianismo

Trecartin apresentou os desafios de uma das regiões com baixa presença do cristianismo

San Antonio, EUA ... [ASN] Quando o presidente da região administrativa adventista conhecida como União do Oriente Médio e Norte da África, pastor Homer Trecartin, começou a apresentar seu relatório uma coisa ficou bem clara. Há uma necessidade evidente de missionários para atuar em países com baixa presença do cristianismo, o que se conhece como Janela 10/40. O relatório de atividades aconteceu na noite desse sábado, 4 de julho, durante a Assembleia Mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Essa União foi estabelecida pela Igreja em 2011 e foi a primeira vez que fez um informe oficial em uma assembleia mundial.

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Trecartin fez até um comparativo. Imagine que cada um dos membros da Igreja nessa região (cerca de 20 países em que predominam outras religiões como o islamismo) fizesse um contato com outra pessoa, por dia, e que esses contatos fossem feitos separadamente em lugares diferentes. Nesse ritmo, os adventistas levariam em torno de 450 anos para manter contato com todos os habitantes dessa parte do mundo.

“Faltam pessoas para fazer contato com quem mora lá”, explicou o líder. Nessa região, nomes e dados mais detalhados sobre os projetos e programas ficam de fora, porque há alguns riscos para a segurança de quem professa a fé cristã. Mas é possível perceber que o chamado evangelismo da amizade (o contato amigável para que Cristo e Seus ensinos sejam conhecidos por meio da vida das pessoas) é o meio mais eficiente nesses países. Mas milagres ocorrem, conforme disse Trecartin.

O líder, inclusive, ressalta que a mensagem dos adventistas tem muitos pontos de similiaridade com a religião muçulmana, por exemplo. É o caso dos hábitos saudáveis dos adventistas de não beber álcool ou ingerir carne de porco. E o fato, também, de os adventistas não adorarem imagens, a exemplo do que fazem os praticantes do islamismo. Todos esses pontos de conexão facilitam o diálogo entre adventistas e outras religiões da região.

Foi emblemática a história de uma jovem estudante adventista que conseguiu liberação de provas e aulas em sábado, mesmo tendo como professores praticantes do islamismo. O presidente da União do Oriente Médio e Norte da África destacou, ainda, que os meios para os adventistas se conectarem com outros envolvem ações de saúde, educação e até artes plásticas.

Relevância em uma outra sociedade

O outro relatório de atividades foi bastante diferente, porque reflete uma realidade completamente distinta. O pastor Daniel Jackson liderou a apresentação de um resumo das principais atividades realizadas na chamada Divisão Norte-Americana, região administrativa que engloba as atividades da Igreja Adventista para Estados Unidos, Canadá, Ilhas Bermudas, Guam e Micronésia. A Divisão afirma que possui 1,2 milhão de membros adventistas.

No relatório, em parte com falas e em parte com um vídeo, foi evidenciado o desafio da Igreja nessa parte do mundo de utilizar todas as ferramentas tecnológicas possíveis para apresentar a mensagem do evangelho.

Durante os últimos cinco anos, a Igreja na região da Divisão Norte-Americana ficou caracterizada por tentar ser mais relevante aos jovens, por atender os refugiados com projetos especiais (uma igreja em San Diego, na Califórnia, foi mostrada como exemplo disso), por desenvolver grandes projetos de saúde (caso de uma ação grande que atendeu a centenas de pessoas em San Antonio poucos dias antes de iniciar a Assembleia Mundial), entre outras iniciativas que procuram ter um impacto junto à comunidade.

Chamou a atenção, também, de a Divisão Norte-Americana incluir em seu relatório a meta de dobrar o número de mulheres ordenadas como pastoras ao ministério. Hoje, segundo o relatório apresentado, são mais de 107 mulheres atuando como ministras. É importante verificar, no entanto, que o assunto da Teologia da Ordenação será tratado durante essa Assembleia Mundial na próxima quinta-feira, dia 8 e que, portanto, não há qualquer definição ainda sobre esse assunto em âmbito mundial. [Equipe ASN, Felipe Lemos]