1º Encontro de Liberdade Religiosa reúne 300 pessoas em Umuarama PR
Evento enfatizou a importância do respeito a todos os credos e religiões.
Promovido por jovens adventistas de Umuarama, o evento enfatizou a importância do respeito a todas as crenças.
Umuarama, PR... [ASN] Pela primeira vez, na região oeste do Paraná, o tema de Liberdade Religiosa foi discutido. O evento, que reuniu cerca de 300 pessoas em Umuarama, no último sábado (15), foi promovido por jovens da Igreja Adventista da cidade. O evento contou com a presença de líderes da Igreja Adventista do Sétimo Dia, líderes religiosos de outras denominações e autoridades da cidade. Todos condecorados com a medalha Palatinos da Liberdade.
A iniciativa, partiu de Davison de Souza. Líder Jovem em sua igreja, Souza conta que possui muitos amigos adventistas universitários que são penalizados pelas faltas às aulas de sexta-feira à noite, período que faz parte das horas sabáticas para os adventistas do sétimo dia. “Nosso maior objetivo é levar as pessoas, membros da igreja e comunidade de Umuarama, a entender que liberdade religiosa é você respeitar o direito do outro crer naquilo que ele quer”, completa.
As autoridades e líderes religiosos convidados foram condecorados com a medalha Palatinos da Liberdade.
O convidado e orador principal, Samuel Gomes, é presidente da Associação Brasileira de Liberdade Religiosa e Cidadania, ABLIRC, uma instituição fundada em 2008 que recebe apoio da Igreja Adventista do Sétimo Dia. Dentre os exemplos práticos sobre os benefícios da Liberdade Religiosa, Gomes contou o feito da ABLIRC em sugerir ao INEP, a criação de uma sala especial para guardadores do sábado ficarem reservados até o fim das horas sabáticas, para a realização da prova no ENEM.
Em sua palestra, Gomes também citou o exemplo de Kayllane Campos, uma menina de 11 anos que foi apedrejada no Rio de Janeiro ao sair de uma cerimônia de candomblé. Ele explicou que a liberdade religiosa não deve ser um benefício exclusivo, mas sim de todos. “Isso é muito importante para o desenvolvimento de uma cultura de paz. Uma cultura de relacionamento com base no respeito à crença do outro, por mais diferente que essa crença possa ser da nossa”, enfatiza.
O líder de liberdade religiosa da Igreja Adventista na região sul do Brasil, Rubens Silva, palestrou no sábado pela manhã, horário em que a programação foi voltada para os adventistas. Ele alertou os fiéis sobre o perigo da má interpretação do conceito de liberdade religiosa, “muitas pessoas, principalmente os membros da igreja, possuem um certo preconceito pois confundem liberdade religiosa com ecumenismo, o que é um pensamento muito errôneo. Lutar pela liberdade religiosa não é unificar igrejas em suas crenças, mas sim lutar pelo direito do outro e também pelo nosso direito”.
Lindalva Lobato, líder de liberdade religiosa da Igreja Adventista para a região oeste do Paraná, enfatiza que, ao a igreja abraçar esta causa, além de garantir seu direito de crença e culto, também estreita os laços com a comunidade. “Essa é uma maneira de nos aproximarmos como igreja, da sociedade e das autoridades, possibilitando mostrar Jesus para as pessoas”, explica. [Equipe ASN, Juliana Muniz]
