17º grupo de voluntários desembarca no RS para ajudar famílias desabrigadas
Voluntários catarinenses, que estão envolvidos desde o início das enchentes, chegam agora para limpar casas que ainda estão tomadas pela lama
“Chegávamos como desconhecidos e saímos abraçados. Pessoas vinham até nós chorando, agradecidas. É um sentimento único. É a missão na sua forma mais pura”, comenta o pastor João Nicolau, líder do Ministério Pessoal, Escola Sabatina e Ação Solidária Adventista (ASA) da Igreja Adventista no centro sul de Santa Catarina. O líder relatava para nossa reportagem a emoção do 17º grupo de voluntários que desembarcou no Rio Grande do Sul para ajudar as pessoas que foram vítimas das enchentes de maio.
Esse grupo foi formado por líderes regionais e distritais do Ministério Pessoal, Escola Sabatina e ASA e também por voluntários que ainda não são membros da Igreja Adventista. Eles estiveram no último fim de semana, de 18 a 21 de julho, no bairro Sarandi, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul. “Em certo momento o nosso grupo encontrou uma moça que estava depressiva. Os familiares falaram que ela não sorria desde a enchente. Haviam perdido tudo. Alguns jovens foram conversar com ela, oraram e, depois de muita conversa, ela voltou a sorrir. Algo simples, mas poderoso”, acrescenta o pastor João Nicolau.
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A equipe limpou 12 residências, entregou 150 cestas básicas, realizou serenatas, orou e ofereceu estudos bíblicos àqueles que demonstraram interesse. “Encontramos muitas pessoas abertas ao evangelho”, explica um Juliano, um dos voluntários.
Mary é de Palhoça, Santa Catarina, foi batizada há 7 meses e mostrou que está envolvida na missão: “O meu sonho após o meu batismo era participar de uma missão como essa”. Já Joselita, de Jaguaruna, também em Santa Catarina, tem 70 anos e não viu dificuldade em limpar casas no Rio Grande do Sul: “A gente vê tantos jovens e pessoas de meia idade em missões como essa e eu queria um dia participar. Pensava que a ideia seria um problema, mas Deus me deu forças e realizou um sonho da minha vida.”
De acordo com o pastor Paulo Lopes, presidente da Igreja Adventista no centro sul catarinense, a primeira etapa foi a doação de alimentos, roupas e outros itens de primeira necessidade. Depois, foram os utensílios domésticos, móveis e geladeiras, camas, entre outros. "Agora estamos na terceira fase desse processo missionário. Estamos indo lá ajudar. Já foram 17 grupos para o Rio Grande do Sul. Deus seja louvado que em meio as nossas estações missionárias, encontramos uma outra estação para pregar o evangelho”, conclui Lopes.
