Brasília, DF... Emanuel Bomfim era empresário. Iniciou no ramo com uma distribuidora de queijo, porém em sua rotina algumas medidas que não condiziam com a conduta cristã eram necessárias.

Uma noite foi assistir à um culto na Igreja Adventista do Sétimo Dia e o texto base do sermão daquela noite era II Timóteo 2:3 e 4 que diz: “Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer aquele que o arregimentou.” Ao ler estas palavras o empresário se lembrou dos tempos em que serviu o Exército Brasileiro. “Começou a aflorar em mim novamente: o respeito, o companheirismo, o dever de cumprir a missão”, diz.

A partir daí, optou por abandonar o empreendimento, pois sentiu o desejo de se envolver mais na obra de Deus. O ex-empresário conta que no iniciou relutou para tomar esta atitude, mas, aos poucos, Deus foi lhe mostrando como proceder. Então resolveu abrir uma loja de produtos naturais. Foram cinco anos dividindo seu tempo com o ancionato da igreja de Valparaíso de Goiás, GO. “Adoecia um irmão, tinha que fechar a loja, morria alguém, tinha que fechar a loja...”, exemplifica. Sendo assim, o estabelecimento fechou suas portas. Emanuel decidiu se dedicar exclusivamente à igreja e hoje vive de investimentos realizados na época.

Durante esse tempo assumiu o desafio de reabrir uma congregação em Vila Guaíra. Em 2011, o bairro figurava na lista dos mais violentos e perigosos do mundo. Atualmente Emanuel afirma que a presença adventista fez a diferença no local. A igreja de Vila Guaíra conta com 105 membros e agora Emanuel também participa da equipe que plantará uma igreja no Bairro Pacaembu.

O local se encontra a 35 km do Distrito Federal, e possui mais de 5.300 habitantes, 759 para apenas um adventista do sétimo dia. A igreja adquiriu um terreno de 300 m² na região, falta agora levantar as paredes do templo. Segundo o pastor Marcelo Dadamo, diretor de Missão Global no Planalto Central, isto faz com que o bairro se torne uma prioridade na área evangelística. “Precisamos de mais irmãos como o Emanuel dispostos a separar tempo e recursos para o cumprimento da missão, pois vivemos correndo sempre em prol dos nossos próprios interesses”, alerta Dadamo.

Assim como a obrigação do soldado é defender a nação, Emanuel não se sente fazendo nada além do que exercendo o verdadeiro cristianismo. “Sou muito racional, se tem um dever a cumprir, uma missão, vamos fazer”, afirma convicto. “Deus tem me dado muito mais do que quando trabalhava. Estou há 20 anos sem tirar férias, sem viajar e não é por falta de dinheiro. É por que não consigo sair e deixar meus irmãos passando necessidade”, explica. [Equipe ASN, Pâmela Meireles]