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Saúde

Abertas inscrições para participar de pesquisa inédita de saúde

Voluntários devem preencher os requisitos necessários. Pesquisa de saúde preventiva é inédita na América Latina.


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A adoção de uma dieta vegetariana está no foco dessa pesquisa nunca feita na América Latina

A adoção de uma dieta vegetariana está no foco dessa pesquisa nunca feita na América Latina

Brasília, DF ... [ASN] A pesquisa científica do Estudo Advento abriu inscrições para pessoas que moram no estado de São Paulo e Vitória, capital do Espírito Santo. Mas há alguns critérios para participar dessa que é uma das maiores pesquisas de saúde do gênero realizadas na América Latina. O Estudo Advento (Análise da Dieta e Hábitos de Vida na Prevenção de Eventos Cardiovasculares em Adventistas do sétimo dia) investiga 1500 membros dessa igreja, divididos de acordo com o regime dietético (não vegetarianos, lacto-ovo-vegetarianos, e vegetarianos estritos) entre 35 a 74 anos de idade.

O estudo analisa a relação entre o estilo de vida adventista e a prevalência de fatores que podem levar a doenças crônicas, especialmente cardiovasculares. Os resultados da população adventista também serão comparados com pessoas grupos da população em geral.

Mas há alguns critérios para participar dessa inédita pesquisa realizada na América Latina. “É muito importante que a pessoa seja adventista do sétimo dia e vegetariano estrito ou ovolactovegetariano há pelo menos um ano. Também deve preencher um cadastro que estará sujeito à análise. Iremos manter contato constante com essas pessoas, portanto elas ainda serão avaliadas”, comenta o coordenador da pesquisa, o cardiologista Everton Gomes Padilha.

Para quem participa da pesquisa a vantagem é que, além de participar de uma pesquisa científica inovadora, ainda passará por um verdadeiro check-up. Os pacientes são submetidos a exames laboratoriais, eletrocardiogramas e tomografias computadorizadas que vão atestar sua condição de saúde. Esses dados estão sendo comparados com pessoas que não têm hábitos vegetarianos ou ovolactovegetarianos. Esses dados estão sendo comparados com os de indivíduos não vegetarianos, com pessoas que não têm hábitos vegetarianos estritos ou ovolactovegetarianos. Para referência, o ovolactovegetariano é o que utiliza ovos e leite, além de verduras, legumes, cereais e verduras, mas não utiliza nenhum tipo de carne (vermelha ou branca). O vegetariano estrito é aquele que come frutas, verduras, cereais e legumes sem o uso de ovos, leites ou carnes na sua dieta.

Resultados preliminares

Os resultados preliminares são fruto de uma avaliação de mais de 800 pessoas, ou seja, maior parte das pessoas pesquisadas. Até o final da pesquisa todos os 1.500 participantes terão passado pelas avaliações. Segundo o cardiologista, que é médico assistente do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, os resultados preliminares sugerem uma melhor performance dos que mantém a dieta vegetariana estrita e a dieta ovo-lacto-vegetariana em relação a uma dieta não vegetariana em diferentes indicadores. “Esses bons resultados se dão em relação ao índice de massa corpórea, medida de cintura abdominal, indicadores de colesterol total, colesterol HDL, colesterol LDL, glicemia de jejum e hemoglobina glicosidada)”, afirma.

Os dados preliminares mostram inicialmente uma redução em torno de 10% para IMC e medida da cintura.  O colesterol total foi 10% menor no grupo de vegetarianos estritos em relação a não vegetarianos, porém a quantidade do bom colesterol, o HDL, que tem um efeito protetor ao coração, foi 10% maior no grupo vegetariano em comparação ao não vegetariano.

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Os índices que prevêem uma maior predisposição a diabetes e alterações prejudiciais nos vasos sanguíneos foi até 20% menor nos vegetarianos.  Impressionante também são os achados iniciais de marcadores ligados à função renal, que foram quase 20% melhores entre os vegetarianos se comparados com os dos não vegetarianos.  Esse tipo de dieta esteve associada em 62% de redução em substâncias inflamatórias no organismo.  Outro dado importante: até agora se percebeu que os índices HOMA-IR, que medem o grau de resistência à insulina e função prejudicada das células beta pancreáticas (células beta são as responsáveis por sintetizar e eliminar o hormônio insulina, que regula os níveis de glicose no sangue), são piores nos indivíduos não vegetarianos na amostra estudada.

Todos os interessados que participam da pesquisa passam por uma pré-seleção e estão sendo alocados conforme a necessidade do estudo, de acordo com o nível de escolaridade, sexo e dieta.

Para o pastor Marcos Bomfim, diretor da área de Saúde da Igreja Adventista, o interesse da denominação pela saúde se dá por conta de uma compreensão de que existe uma conexão direta entre o estado físico e o mental e espiritual do indivíduo. De acordo com essa visão holística, melhor saúde física promove melhor saúde mental e espiritual. "Por isso temos programas e contros de saúde que fortalecem essa visão de saúde preventiva, mantemos projetos com todos os fiéis e em nossas instituições educacionais e divulgamos tais princípios em livros e revistas", explica. [Equipe ASN, Felipe Lemos]

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