Notícias Adventistas

Os desafios de estudar e colportar fora do Brasil

Os desafios de estudar e colportar fora do Brasil

Vários foram os desafios vivenciados por Deivis Oliveira Santos, enquanto estudante de Teologia e colportor em alguns países da América do Sul


  • Compartilhar:
Deivis Oliveira Santos: a colportagem O meio que Deus me deu para levar sua mensagem a muitas pessoas

Deivis Oliveira Santos: a colportagem é o meio que Deus me deu para levar sua mensagem a muitas pessoas

Montes Claros, MG… [ASN] Deivis Oliveira Santos, cursa o 8º semestre de Teologia na Universidade Adventista da Bolívia. Recentemente, esteve em Montes Claros, onde visitou a Sede Administrativa da igreja Adventista para o Norte e Noroeste de MG e concedeu a entrevista que se segue:

 Quando surgiu o desejo de fazer Teologia?

Vim de um lar adventista. Com 8 anos de idade fui batizado e naquela noite eu pedi a Deus no meu coração que quando crescesse Ele me permitisse desempenhar essa mesma tarefa. Os anos passaram e comecei a conhecer a colportagem, fui convidado para ir em um programa que estava sendo realizado na cidade de Teófilo Otoni, sobre o dom de profecia e a identidade da IASD.

Naquela ocasião o pastor fez o chamado para quem sentisse o desejo de levar a bandeira que os nossos pioneiros há um século atrás tinha iniciado, eu não excitei em ir a frente e levantar a bandeira.

 Quais as dificuldades enfrentadas por estudar fora do país?

Em primeiro lugar são as longas viagens que enfrentamos com dificuldades em alguns caminhos. Por ser estrangeiro tem que fazer o visto de estudante no país enfrentando longas filas, a comunicação com as pessoas do país. Devido o espanhol ser a língua oficial as pessoas também falam o Quéchua e Aimara, línguas que até para alguns Bolivianos é difícil, e em cada fim de semana os estudantes de teologia são designados a uma igreja para poder apoiar e ai encontramos irmãos no qual devemos pregar para eles e dar a entender a mensagem.

Outra coisa, a alimentação da Bolívia é bem variada, mais aqui não encontramos o arroz e feijão que é de consumo mais da nossa cultura ai do Brasil.

 Colportagem. Onde tudo começou?

 Eu tinha ouvido falar a primeira vez da colportagem na igreja que eu era membro em Itaobim MG. O Pr Jadson na ocasião, como departamental de publicação, iria iniciar com um treinamento para colportores e motivou os jovens para que participassem. Eu ganhei o Livro “Mensageiros da Esperança”e terminei de ler em um fim de semana, queria muito ser um colportor evangelista.

Na época estava com 13 anos de idade, eles me recomendaram colportar quando estivesse com mais idade. Nas férias de dezembro fui para Belo Horizonte visitar alguns parentes, e bem próximo da grande BH na cidade de Betim estava um grupo de estudantes e meu irmão, como estudava no internato adventista, a estava também ali colportando, eu troquei aquelas minhas férias de 2005 para iniciar na colportagem, e graças Deus fui aceito e desde então continuo colportando.

 Conte sobre sua experiência de viajar mais de cinco dias de barco em direção a Colômbia para colportar.

Eu estava na Bolívia no semestre de estudos orando a Deus para que me direcionasse para onde eu iria nas férias. Já Havia colportado em muitos lugares no Brasil e ainda tinha o sonho de fazer esse trabalho no estado do Amazonas. Chegamos até Manaus e eu pedia a Deus para me enviasse para o interior, as passagens de barco são muito caras e tínhamos que trabalhar para conseguir o dinheiro da passagem.

Eu fui primeiro até a Cidade de Codajas, a capital do Açaí no estado amazonense, até lá foi quase 3 dias viajando em um barco dormindo na rede. Estava com 7 caixas de livros, passei com o pessoal dessa cidade o ano novo, tive várias experiências em pregar para pessoas que não são da igreja adventista, como a um senhor da Assembleia de Deus que a mais de 20 anos como membro e diácono da igreja aceitou a mensagem adventista junto com sua esposa. Também a uma senhora com câncer que ouviu falar de Jesus e nessas visita o aceitou em sua vida.

Passado o ano novo orei para que Deus me guiasse a outro lugar, e fui para Tabatinga, uma fronteira com Brasil e Colômbia, tinhas duas opções ir em barco que duraria mais 4 dias de viagem, ou ir sentando em uma lancha durante 3 dias, Deus já me havia abençoado naquela cidade. Paguei 590 reais e fui na lancha, trilhei até o final das minhas férias com literaturas e pude pregar na cidade de Leticia já na Colômbia e também levar literaturas em português para eles.

Foi um desafio ir a esses lugares tão remotos mas no final daquelas férias Deus me abençoou grandemente com o necessário para voltar para Bolívia e continuar estudando.

Conte um pouco mais sobre o trabalho da colportagem realizado por você em diferentes países da América do Sul. 

No Brasil para os que já colportam sabem que hoje dentro da colportagem podemos nos especializar com assinaturas de revistas, palestras em empresas, igrejas e de casa em casa. Alguns países que passei ainda não tem essas estruturas para o colportor se especializar e seguir uma linha de trabalho. Mas pude presenciar que a colportagem, por meio dos livros, leva as pessoas a conhecerem o evangelho.

É surpreendente a colportagem no Peru, Equador, Chile, Bolívia, Colômbia tanto como no Brasil! Existe a dificuldade em expressar sua apresentação em outro idioma, mas vejo a igreja como uma grande família, fui muito bem aceito e acolhido pelas pessoas desses países. Hoje tenho grandes amigos, e o objetivo que nós estudantes temos é alcançado independente da moeda do país.

Essa semana chegou meu amigo Marcio que passou quase um ano colportando nos Estados Unidos, e para ele os resultados foram iguais como se estivesse trabalhando no Brasil. Deus tem abençoado as pessoas que se empenham nessa tarefa em todos os lugares.

 O que você pode falar para aquele jovem, que teme correr atrás do seu sonho, mesmo passando por inúmeras situações adversas como você passou?

Deus, Ele sonha com você, mas Deus não fara por você o que você pode fazer, as dificuldades que estiver no seu caminho podem ter certeza que é para te ajudar a crescer, e se fortalecer espiritualmente. A vida passa diante nossos olhos como um presente, viva esse presente, abra-o e descobrirás as coisas magnificas que Deus pode fazer com você.

 Esporte: Frontão, um esporte da Bolívia que parece um pouco com Tênis

Comida predileta: Arroz Chaufa Peruano

País: Brasil

Música que marcou: Heróis da Fé. Do Cânticos Vocal

 Texto Bíblico predileto: Salmos 37: 5 Entrega o Teu Caminho ao Senhor; Confia Nele, e ele o fará.

 Família: Igreja Adventista do 7º dia

 Colportagem: O meio que Deus me deu para levar sua mensagem a muitas pessoas.

“Na verdade a melhor educação que os jovens podem obter é entrar na colportagem e trabalhar de casa em casa. ” O COLPORTOR EVANGELISTA. Pg 32, parágrafo 2. Essa citação me impactou no meu início da colportagem.

[Equipe ASN, Samuel Nunes]