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Ação contra violência conscientiza moradores de cidade do Distrito Federal

Ação contra violência conscientiza moradores de cidade do Distrito Federal

Voluntários distribuíram materiais explicativos em semáforos e visitaram escolas da região.


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Voluntário exibe revistas que foram entregues em semáforos

Ceilândia, DF... [ASN] Para despertar a população quanto a uma cultura de paz dentro da família, nesta terça-feira, 17, a ação Sem Violência, do projeto “Brasília, Capital com Esperança”, levou voluntários adventistas à região de Ceilândia para promover atividades contra a violência doméstica e urbana.

Nas escolas Classe 62 e CAIC foram realizadas palestras sobre prevenção à pedofilia, violência física e sexual. Além disso, os semáforos da Avenida Hélio Prates foram palco das iniciativas de conscientização por meio de faixas e das 20 mil revistas informativas da campanha Quebrando o Silêncio, que é mantida pela Igreja Adventista há mais de 10 anos, que foram entregues no local.

Segundo a Anistia Internacional, uma em cada três mulheres já foi espancada ou sofreu algum tipo de abuso. A cada oito minutos, uma criança é abusada no Brasil, apontam dados da Presidência da República. Em todo o mundo, mais de 150 milhões de meninas e 70 milhões de meninos já sofreram abuso, afirma a Unicef.

“Dados como esses mostram a real necessidade de projetos que trabalhem combatendo a violência contra mulheres, idosos e crianças, as principais vítimas deste mal”, afirma Lucilene Britis, líder das mulheres adventistas do Distrito Federal e coordenadora da ação Sem Violência.

Apoio da comunidade

A iniciativa chamou a atenção de motoristas como o advogado Gilson Ferreira. “Acho muito válida esta atitude. Inclusive, este ainda é um problema oculto em nossa sociedade, o que é uma grande dificuldade, pois este é um tema relevante e são atitudes como essas, dessa ação, que farão o ser humano do futuro”, conclui.

A coordenadora sul-americana do projeto Quebrando o Silêncio, Williane Marroni, explica que a Igreja Adventista tem realizado eventos como esse em todo o território da América do Sul com o objetivo de chamar a atenção da comunidade para a importância da família. “Fazemos isso para que os pais saibam educar seus filhos, estabelecendo limites e dando a eles a oportunidade de crescer em um ambiente saudável”, ressalta.

Nas escolas, o ponto alto foi a visita da Turma do Nosso Amiguinho, que interagiu com os alunos do Centro de Ensino Fundamental 32 e da Escola Classe 62. Show e brincadeiras divertiram as crianças, mas as canções também destacaram os perigos da violência doméstica e urbana, alertando-os sobre as formas de prevenção.

Alunos acompanham apresentação da Turma do Nosso Amiguinho. Conscientização também veio por meio de músicas

Para a diretora da Escola Classe 62, Helena Bento, a importância do projeto Quebrando Silêncio vai além do alerta contra a pedofilia e o abuso sexual. “O aspecto espiritual também alcança os corações desses pequenos”, destaca. Inserida numa região considerada uma das mais violentas do Distrito Federal, a escola apresenta um alto índice de pais separados, presos e de alunos envolvidos com violência, inclusive ameaças de morte.

Conscientização logo cedo

Cristã, Helena não se deixa abater. Antes do início das aulas ela reúne os alunos no pátio da escola para orar e, ao olhar para o grupo de crianças sentadas ouvindo a palestra, diz: “vê-los atentos assim é um milagre!”

Após a palestra, as amigas Bruna da Silva, de 11 anos, e Ellen Cristyna Teixeira, de 9, afirmaram que as explicações foram boas porque ensinaram que não se pode ficar calado. “A gente não pode ter segredos para os nossos pais”, concluem. [Equipe ASN, Rebeca Silvestrin e Ana Mejia]